Que a eleição presidencial do Inter está na ordem do dia e até atropelou o futebol na semana passada é fato. Também é claro, embora faltando a oficialização, que Alexandre Chaves Barcellos é o candidato da situação, indicado por Marcelo Medeiros. Isto significa dizer que Chaves Barcellos é o representante do Movimento Inter Grande na disputa.
Até agora outros nomes são apenas especulações, até porque o mais cotado deles, o ex-vice de futebol Alessandro Barcellos, nega que seja candidato, esperando uma oficialização por parte de sua corrente política e possíveis apoiadores. Um terceiro concorrente também é esperado, mas seu nome não é mostrado ainda, mesmo que José Aquino Flores de Camargo tenha pedido licença da presidência do Conselho Deliberativo para possivelmente se lançar. Independentemente do número ou das figuras de oposição, ainda há ameaças de todos os lados apontadas contra o situacionista Alexandre Chaves Barcellos. Haverá questionamento sobre a possibilidade dele concorrer, seja na esfera interna do CD ou até na Justiça Comum. O motivo, já bem conhecido, é a elegibilidade de um integrante eleito do conselho de gestão para um terceiro mandato.
O movimento político de situação não admite que haja o chamado "plano B" para uma nova candidatura, mas quem conversa com integrantes do MIG ouve algumas hipóteses bem conhecidas do grande público. Há os que sonham com um dia ter novamente Giovanni Luigi como presidente do clube. O ex-dirigente, responsável direto pela reforma do Beira-Rio, repete veementemente nas rodas de amigos que não pretende voltar e declina até de uma simples especulação de seu nome em qualquer circunstância. O detalhe é que até outros grupos políticos o admiram muito.
Se Luigi é alguém representativo e histórico do Movimento Inter Grande, um outro nome que é lembrado por ser engajado com o grupo e que já admitiu que um dia pode concorrer à presidência colorada é Francisco Novelletto. O ex-presidente da Federação Gaúcha de Futebol hoje é vice-presidente da CBF e recebe remuneração para tal. Sua relação com o MIG é a de fidelidade às ideias e à figura de Fernando Carvalho, o grande líder desta facção política que comanda o Inter desde 2002. Quem projeta um futuro político do clube não descarta em Novelletto um nome capaz de transitar acima de polêmicas históricas com sua característica de conciliador e a experiência na FGF.
Luigi e Novelletto são do MIG. Seus nomes são apontados no movimento como representativos para ocuparem a presidência em qualquer tempo. Ambos, porém, não admitem concorrer e acreditam que Alexandre Chaves Barcellos será candidato. Até que tudo se defina; entretanto, eles serão lembrados até como possibilidades de amenizar o tenso clima político vivido no Beira-Rio.