O departamento de futebol do Inter passa por mudanças. Alessandro Barcellos foi demitido pelo presidente Marcelo Medeiros na tarde desta sexta-feira (25). O agora ex-vice reafirmou a confiança no time e deu sua versão dos fatos que levaram à saída dele da diretoria. Em entrevista ao Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha, ele lamentou a interrupção no trabalho e disse que não é candidato à presidência do clube.
— Por um lado, estou muito triste por não poder continuar contribuindo da forma que eu achava que era possível contribuir, mas muito feliz pela oportunidade e pelo que construímos em tão pouco tempo — comentou, e garantiu:
— Sequer sou candidato, e sequer serei. Essa decisão não existe. Não participei de nenhuma reunião política, nenhuma. Desafio quem diga que participei de alguma durante a vice-presidência. Não fiz política porque respeito a instituição. Só faria isso no momento que tivesse decidido quem seria o candidato e se eu fosse.
O ex-dirigente faz duas correções ao relato exposto pelo presidente, Marcelo Medeiros, na coletiva de anúncio da demissão. Segundo Alessandro Barcellos, Medeiros chamou-o para comunicar o desligamento, e não o contrário. Além disso, a escolha pelo afastamento não teria sido unânime entre o conselho de gestão.
— Foi uma decisão exclusiva do presidente — afirmou Alessandro Barcellos, argumentando:
— Tanto que, agora à noite, vários outros membros da diretoria e do futebol pediram o desligamento, em solidariedade a este momento que passamos, entendendo que foi uma decisão injustificável.
Ao mesmo tempo, o dirigente demitido elogiou o trabalho de Medeiros, na gestão que iniciou em 2017, na segunda divisão. Barcellos diz que o presidente deu oportunidades e abriu espaço para ele e outros nomes que começavam na vida política do clube.
— Há um reconhecimento, não vamos negar. Agora, é em um momento em que se apresenta uma nova eleição. Já foi discutido a importância de fazer uma transição, construir algo novo, e a possibilidade deste momento é ímpar. Quem dera pudéssemos estar na situação e não-situação unidos, mas até este momento não foi possível. Achamos que ainda temos que trabalhar muito para isso acontecer no clube — analisou.