A provável retirada da ação na Justiça que tem contra o Grêmio está acertando a permanência do atacante Ferreira no Grêmio além do que previa seu contrato até a metade do próximo ano. A decisão do jogador, através de seus representantes, de recuo no processo judicial é de maturidade. De parte do clube, a não radicalização em conversar com o procurador Pablo Bueno também foi algo positivo, digno de quem não quer litígio com um profissional formado em suas categorias de base e que demonstrou potencial técnico para ser aproveitado. A decisão ajuda a todos na hora em que todos precisavam de uma solução de continuidade.
Ferreira irá se redimir de deslizes, como algumas declarações dadas, com boas atuações. Com 22 anos, ele já estava sendo apontado como postulante a sucessor de Everton Cebolinha quando este ainda estava no Grêmio, no final de 2019. De lá para cá, saiu o antigo titular e chegou um novo Everton para a mesma posição que já tinha Pepê como bola da vez. A concorrência, portanto, aumentou em relação ao que se desenhava antes da negociação do atacante da Seleção Brasileira com o Benfica. Isto não chega a ser problema grave. As chances aparecerão, em meio a um calendário absolutamente saturado. Basta ao Ferreirinha seguir apresentando a evolução técnica mostrada entre time sub-20, transição e jogos na equipe principal. Dribles, velocidade e gols é a receita apresentada e que se espera repetir a partir do acerto do novo contrato.
O Grêmio certamente também cedeu. Era prudente oferecer condições para o atleta se sentir bem no clube que o formou sem parecer que se dobrou a exigências anteriormente consideradas absurdas. A permanência de Ferreira é uma aposta com muitos indicadores que terá sucesso. Por enquanto, o clube reforça o time para, quem sabe, encher o cofre no futuro.