Grêmio e o atacante Ferreira podem estar se reaproximando para uma renovação de contrato. Depois de ser um dos destaques do final da temporada passada e do início desta, o jogador foi afastado, retirado da lista da Libertadores e posto no grupo de Transição, em virtude do desacerto entre as partes.
Mesmo com vínculo até junho de 2021, pelas boas atuações do jogador, o clube procurou o representante do atleta Pablo Bueno, ainda em fevereiro, para buscar a renovação de contrato de Ferreira. A proposta feita pelo clube seria de um salário de R$ 30 mil mensais em 2020, R$ 35 mil mensais em 2021 e R$ 40 mil mensais em 2022 e 2023. A oferta também previa um bônus caso o jogador alcançasse um mínimo de partidas. O empresário do atleta recusou e fez uma contraproposta aos dirigentes gremistas.
Mantendo o tempo de contrato proposto pelo Grêmio, o desacerto foi na questão salarial. Pablo sugeriu que o jogador recebesse R$ 50 mil no primeiro ano e, no restante do contrato, teria progressão salarial.
— Um contrato justo, que valorize o que o jogador vem apresentando dentro de campo. O Ferreira quer ficar no Grêmio. Ele quer uma renovação de contrato de futebol profissional, não de jogador de base — afirmou Bueno ainda em março.
O imbróglio resultou na ausência do nome do atacante na lista de inscritos do Grêmio para a fase de grupos da Libertadores, aumentando ainda mais as animosidades entre as partes. Na sequência deste fato, o Athletico-PR apresentou uma proposta pelo jogador ao time gaúcho, mas ela não foi aceita.
Dias depois, Ferreira entrou na Justiça contra o Tricolor, pedindo a rescisão do seu vínculo. A alegação, à época, era de "constrangimento" e "coação" com o seu rebaixamento ao grupo de transição por recusar a oferta da direção do Grêmio. Ação que foi indeferida pela Justiça do Trabalho. Desde então, com a parada em virtude da pandemia, o jogador segue em teletrabalho, treinando via internet pela Transição.
O jogador chegou a se manifestar, para o canal do jornalista Jorge Nicola no Youtube, e acusou alguns dirigentes de não cumprirem a palavra.
— Eu coloquei o clube (na Justiça) porque não posso acionar os diretores. Eles me prometiam uma coisa e no papel (contrato) colocavam outra. Então, coloquei o Grêmio por causa das pessoas (dirigentes) que o representam — disse o atacante.
No sábado (20), o colunista de GaúchaZH Pedro Ernesto Denardin afirmou que o Grêmio quer renovar o contrato com o atacante. Para o colunista de GaúchaZH Eduardo Gabardo, o empresário de Ferreira disse que cogita suspender ação contra o clube, mas exige um pedido de desculpas de dirigentes do Grêmio.