Falar com Jorge Furtado é como assistir a seus filmes: a qualquer instante, podem surgir citações (eruditas ou populares) e a vontade de clicar numa palavra para se aprofundar em outro assunto, refletindo tanto uma característica pessoal que o cineasta porto-alegrense chama de "obsessões temporárias" quanto uma marca de suas obras. Na entrevista que concedeu no 26º Festival Internacional de Cine de Punta del Este, onde recebeu homenagem pelos 40 anos de carreira, ele foi do diplomata pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910), um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, à banda carioca Kid Abelha, um dos expoentes do pop da década de 1980. (Duas noites antes, nos bastidores, a conversa fora do polêmico Je vous Salue, Marie, de Godard, ao documentário sobre a gravação de We Are the World; apenas por absoluta coincidência, tanto o longa quanto a canção são de 1985.)
Entrevista
Opinião
"Existe um genocídio em marcha no Brasil", diz Jorge Furtado
Homenageado no 26º Festival de Punta del Este, cineasta porto-alegrense fala sobre seus 40 anos de carreira, suas marcas, seus temas e suas obsessões (as temporárias e a eterna)
Ticiano Osório
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