Com sessões de pré-estreia na terça (19) e na quarta (20) e em cartaz nos cinemas a partir de quinta-feira (21), O Telefone Preto (The Black Phone, 2022) não faz chamadas de longa distância. Dirigido por Scott Derrickson e estrelado por Ethan Hawke, é um filme de terror mais climático do que profundo — terminada a sessão, não fica ressoando na mente do espectador acostumado ao gênero, ao tipo de narrativa e aos temas abordados. Aliás, há linhas cruzadas que se mostram distrações desnecessárias. Seu caráter epidérmico é realçado pela direção de fotografia assinada por Brett Jutkiewciz, o mesmo de Casamento Sangrento (2019) e Pânico (2022), que aposta em imagens texturizadas, com a granulação das câmeras Super 8 em algumas cenas; pela música enervante (no bom sentido) de Mark Korven, o compositor das trilhas de títulos como A Bruxa (2015) e O Farol (2019); e pelo grau de violência física infligida contra e por crianças e adolescentes — isso, sim, surpreende. Perturba.
Somente no cinema
Opinião
"O Telefone Preto" não faz chamada de longa distância
Com sessões de pré-estreia na terça (19) e na quarta (20) e em cartaz a partir de quinta (21), filme de terror é a nova parceria entre o diretor Scott Derrickson e o ator Ethan Hawke
Ticiano Osório
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