É certo como a ressurreição nos gibis de super-herói: a cada mês, estreia no streaming pela menos uma série com personagens dos quadrinhos, como Lúcifer e Sweet Tooth, para citar as duas mais recentes, e Loki e Titãs, que chegam em breve.
Quase sempre são aventuras de heróis uniformizados, ora pegando carona no sucesso alcançado pelo universo cinematográfico Marvel, ora propondo abordagens críticas (The Boys) ou focadas na dinâmica familiar (The Umbrella Academy) — e há obras que fazem de tudo um pouco, como o desenho animado Invencível.
Mas também há espaço para o sobrenatural, a ficção científica, a fantasia e a até a comédia, caminhos interessantes de serem seguidos para evitar a saturação quando, depois das férias forçadas pela pandemia, os superpoderosos voltarem a repovoar os cinemas — vale lembrar que estão vindo Viúva Negra (julho), Esquadrão Suicida 2 (agosto), Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (setembro), Eternos (novembro), Homem-Aranha 3 (dezembro), Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (março de 2022), The Batman (março de 2022), Thor: Love and Thunder (maio de 2022), Adão Negro (julho de 2022), Pantera Negra 2 (setembro de 2022), The Flash (novembro de 2022), Capitã Marvel 2 (novembro de 2022), Aquaman 2 (dezembro de 2022), Shazam!: Fúria dos Deuses (2023) e Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023).
No último dia de 2020, chegou a quarta e última temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina (Netflix), a bruxa adolescente encarnada por Kiernan Shipka. Logo em seguida, em janeiro, estreou no Disney+ WandaWision, seriado da Marvel que começa como uma homenagem a comédias clássicas da TV e se transforma em uma tensa história sobre luto.
Na virada para fevereiro, o segundo ano de Batwoman (HBO Go) trouxe uma nova atriz, Javicia Leslie, no papel da protagonista. Estrela da temporada inicial, Ruby Rose decidiu sair por motivos pessoais, uma decisão amadurecida durante o isolamento provocado pelo coronavírus. Pesou bastante o acidente grave que ela sofreu durante as gravações, com risco de ficar com o rosto paralisado.
Em março, foi a vez de Falcão e o Soldado Invernal (Disney+), minissérie que discute o significado do Capitão América e toca em temas como racismo, militarismo e terrorismo. Ainda em março, entrou em cartaz a primeira temporada do desenho animado Invencível (Amazon Prime Video), versão de uma HQ escrita por Robert Kirkman, o mesmo criador de The Walking Dead.
Em maio, recebemos O Legado de Júpiter (Netflix), a primeira série baseada nos quadrinhos de Mark Millar, o mesmo que deu origem a filmes como Kick-Ass e Serviço Secreto — e que, talvez diante do fracasso de crítica (38% no Rotten Tomatoes), já foi cancelada.
No final de maio, lançaram a segunda parte da quinta temporada de Lúcifer (Netflix), o anjo caído que renunciou a seu trono no Inferno para virar dono de boate em Los Angeles, e que surgiu nas páginas de Sandman.
Neste mês de junho, já estreou Sweet Tooth (Netflix), uma espécie de Mad Max encontra Bambi: traz as aventuras de um menino-cervo em um mundo pós-apocalíptico. A partir desta quarta-feira (9), Loki, o Deus da Trapaça, ganha uma série própria no Disney+. O personagem de Tom Hiddleston deve viajar no tempo e presenciar eventos históricos.
Na virada de junho para julho, será a vez da quarta temporada de Raio Negro (Netflix), super-herói negro da DC Comics que têm poderes elétricos e foi criado em 1977. Em agosto, estreia a terceira temporada de Titãs, a jovem superequipe da mesma editora, agora na HBO Max, plataforma que será lançada em 29 de junho.
E devem estrear ainda em 2021 a terceira temporada de The Boys (Amazon Prime Video) e a aguardada adaptação de Sandman (Netflix), o quadrinho escrito pelo inglês Neil Gaiman sobre o Mestre dos Sonhos. Outra atração esperada no Brasil é M.O.D.O.K., uma animação em stop-motion que tem como protagonista um célebre vilão da Marvel, aqui, às voltas com o divórcio e a falência. Por ter classificação indicativa para adultos, essa produção da Hulu dificilmente será disponibilizada no Disney+.