Acaba de estrear nos cinemas Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, em que o casal de exorcistas Ed e Lorraine Warren investiga outro caso real: o de Arne Cheyenne Johnson. Em 1981, ele tornou-se o primeiro réu estadunidense a se defender de uma acusação de homicídio alegando ter sido possuído por uma entidade diabólica.
Os personagens dos atores Patrick Wilson e Vera Farmiga não viviam uma aventura solo desde 2016, mas o universo de Invocação do Mal não ficou parado durante esses cinco anos. Trata-se de uma verdadeira franquia de terror, que inclui os filmes da boneca Annabelle, A Freira e A Maldição da Chorona, somando oito títulos.
O "Invocaverso" tem como pai James Wan, um australiano de 44 anos nascido na Malásia. O diretor, roteirista e produtor tem outros dois filhos que se multiplicaram: Sobrenatural (Insidious, de 2010) já teve mais três segmentos — os quatro foram escritos por Leigh Whannell, de O Homem Invisível.
E, após sete filmes entre 2004 e 2010, as armadilhas sádicas e brutais criadas por Wan para Jogos Mortais voltaram a ser montadas em Jogos Mortais: Jigsaw (2017) e serão vistas novamente em Espiral: O Legado de Jogos Mortais, que estreia no dia 17 de junho, trazendo Chris Rock e Samuel L. Jackson no elenco. A direção é de Darren Lynn Bousman, que assinou o segundo, o terceiro e o quarto títulos da cinessérie.
Confira outras sete franquias de terror com vida longa:
Sexta-Feira 13
A cinessérie com mais filmes é Sexta-Feira 13: são 12 desde 1980, quando surgiu pelas mãos do diretor Sean S. Cunningham (disponível em Google Play e YouTube). O psicopata Jason Voorhees já matou até no espaço sideral (em Jason X, de 2002)!
Halloween
A segunda colocada, com 11 títulos, é Halloween. Criado em 1978 pelo genial John Carpenter (o filme está em cartaz no Amazon Prime Video), o maluco Michael Myers deu início ao subgênero chamado de slasher. Em 2018, David Gordon Green dirigiu uma sequência direta do original e homônima (Netflix, Google Play e YouTube): 40 anos depois, a atriz Jamie Lee Curtis volta a viver o terror na pele de Laurie Strode.
A Hora do Pesadelo
A trinca de ouro dos assassinos seriais é completada por Freddy Krueger (meu preferido entre todos do gênero).
Surgido em A Hora do Pesadelo (1984, disponível na Apple TV), de Wes Craven, o personagem é fruto do estupro coletivo de uma freira em um velho manicômio da Rua Elm (daí o título original, Nightmare On Elm Street). Ele começou a carreira invadindo os sonhos de adolescentes para matá-los. Apareceu em nove filmes, incluindo um duelo contra Jason, de Sexta-Feira 13, em 2003, e em quase todos foi encarnado por Robert Englund. Em 2010, o estreante Samuel Bayer fez uma refilmagem do original, com Jackie Earle Haley no papel de Freddy e sem o mesmo encanto (Google Play e YouTube).
Brinquedo Assassino
Chucky, o brinquedo assassino, é tipo o mascote de Jason, Michael Myers e Freddy Krueger: apareceu em oito filmes desde 1988, quando nasceu em uma obra dirigida por Tom Holland. O último deles, assinado pelo norueguês Lars Klevberg, modernizou o personagem, trocando o sobrenatural pela tecnologia: em Brinquedo Assassino (2019), não é mais o hospedeiro da alma de um serial killer, mas um boneco dotado de uma perversa inteligência artificial (Telecine, Apple TV, Now, Google Play e YouTube).
Drácula
Talvez não seja estritamente uma franquia, mas não podemos ignorar os sete filmes da produtora britânica Hammer que trazem Christopher Lee na pele do lendário chupador de sangue, desde O Vampiro da Noite (1958) até Os Ritos Satânicos de Drácula (1973).
A Noite dos Mortos-Vivos
Zumbis também têm direito à vida longa. O mestre George A. Romero dirigiu seis filmes: A Noite dos Mortos-Vivos (1968, em cartaz no Mubi), Despertar dos Mortos (1978), Dia dos Mortos (1985), Terra dos Mortos (2005), Diário dos Mortos (2007) e A Ilha dos Mortos (2009). Sempre usando os zumbis como metáforas para o contexto social, político e econômico.
Atividade Paranormal
Já que falamos de um clássico, vamos fechar com uma franquia bem recente: Atividade Paranormal, que começou em 2007 (disponível no Apple TV), pelas mãos do israelense Oren Peli, e teve, por enquanto, seis filmes, todos no estilo found footage, ou seja, o das imagens captadas pelos próprios personagens, como em vídeos caseiros, ou registradas por câmeras de segurança.