A Arena vai demorar mais tempo para poder receber jogos do Grêmio. O motivo é uma ação na 1ª Vara Cível de Porto Alegre, que determinou que os recursos do seguro acionado pela gestora do estádio sejam depositados em uma conta judicial.
Porém, a decisão, que está em segredo de justiça, não deu um caminho para a liberação do dinheiro. Dessa forma, será necessário fazer todo o procedimento de arbitragem dos valores, o que vai atrasar a reforma. Este processo deverá durar uns dois meses, aproximadamente.
Sem recursos próprios para seguir com os investimentos necessários, a Arena Porto-Alegrense não terá verba, por exemplo, para adquirir os geradores que precisam ser adquiridos para religar a luz no estádio antes que a subestação de energia seja reconstruída. Nesta semana, a troca da grama foi replantada.
Dessa forma, a chance da Arena reabrir para jogos em agosto fica praticamente afastada. A mobilização da empresa responsável pela administração do estádio e do Grêmio era que o clube pudesse realizar o confronto contra o Fluminense, pela Libertadores da América, já na sua casa.
O receio do Tricolor era que a Arena Porto-Alegrense não utilizasse todo o recurso do seguro na reforma do estádio. Com a ação, o clube gaúcho espera que os valores só serão liberados a partir da comprovação das obras.
De acordo com balanços de auditorias externas, publicados em jornal em outubro de 2022 e janeiro de 2024, sobre as demonstrações contábeis da Arena Porto-Alegrense, R$ 40,9 milhões foram repassados para o grupo Metha, sua controladora indireta. Esse recurso deveria ter sido usado para pagar credores.
A nova queda de braço entre Grêmio e Arena coloca ainda mais distante a possibilidade de um acordo entre as partes que envolve o Tricolor assumir a gestão do estádio antes de 2032. Um acordo chegou a ser costurado durante a gestão do presidente Alberto Guerra, mas a compra de parte da dívida pela construção da Arena travou a negociação.