Já falamos aqui sobre a falta de dinheiro e a contratação individual de cada uma das obras necessárias da duplicação da RS-118. Esses problemas contribuíram para que os serviços executados tenham se arrastado por mais tempo.
Mas seguimos aqui apontando outros erros. Por exemplo: os projetos eram construídos sem prever todas as etapas necessárias até a liberação das obras para os usuários.
Imagine construir um prédio e deixar para fazer as escadas depois da obra pronta, por uma empresa diferente, fazendo todos os procedimentos licitatórios. Assim aconteceu com a duplicação da RS-118 e praticamente quase todos seus viadutos.
Contratadas de forma isolada, as elevadas foram executadas com os recursos possíveis. Dessa forma, as construções demoraram muito mais tempo do que o projetado.
Além disso, os acessos para os viadutos mais antigos ficaram de fora da obra principal. Sendo assim as construções existiam mas a subida e a descida por elas não eram possíveis. O governo precisou, então, incluir nos contratos de duplicação essa parte que faltou, o que demandou mais tempo e dinheiro extra.
Somente já mais para o fim da duplicação é que este erro começou a ser corrigido. Mesmo assim, as últimas camadas de asfalto não foram aplicadas pelas empresas que venceram as suas construções. Foram feitas pelas construtoras que realizaram a duplicação em si.
A obra da RS-118 completou em julho 14 anos. A promessa do governo é que ela seja inaugurada em até 27 dias.
Os capítulos:
01) A falta de dinheiro;
02) Obras isoladas;
03) Obras incompletas;
04) Reassentamentos;
05) A crise do CNPJ;
06) A crise do asfalto;
07) Faz e refaz;
08) A perda de dinheiro;
09) As novas invasões;
10) A pouca sinalização;
11) O grande lixão;
12) O cemitério;
13) O erro que afetou a polícia;
14) A obra que nasce defasada.