Há aproximadamente dez anos, as obras públicas ganharam grande proporção. Incentivadas por uma política de governo, centenas de projetos e licitações ocorreram no Brasil. Basta olhar, por exemplo, a quantidade de concorrências criadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O ritmo continuou acelerado até 2013.
Porém, a partir de 2014, o cenário otimista virou. A crise que o País enfrentou refletiu nas construtoras. Além disso, a operação Lava Jato aprofundou as dificuldades das empresas.
A maior parte delas acabou pedindo recuperação judicial. Com falta de dinheiro, as obras praticamente pararam, mesmo aquelas que tinham recursos futuros garantidos.
A duplicação da RS-118 não fugiu à regra. Todos os três lotes tiveram problemas. As construtoras Triunfo e Conterra desistiram das obras que executavam. Já a Sultepa ingressou em recuperação judicial. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) precisou recontratar empresas, ampliando o prazo de entrega.
A obra da RS-118 completou em julho 14 anos. A promessa do governo é que ela seja inaugurada em até 25 dias.
Os capítulos:
01) A falta de dinheiro;
02) Obras isoladas;
03) Obras incompletas;
04) Reassentamentos;
05) A crise do CNPJ;
06) A crise do asfalto;
07) Faz e refaz;
08) A perda de dinheiro;
09) As novas invasões;
10) A pouca sinalização;
11) O grande lixão;
12) O cemitério;
13) O erro que afetou a polícia;
14) A obra que nasce defasada.