A duplicação trouxe uma série de desafios para os governos que se sucederam. Já elencamos aqui 11 capítulos de como essa obra foi uma saga, com direito a problemas dos mais simples aos mais complexos. Porém, um dos entraves foi, digamos assim, um dos mais curiosos da obra na RS-118.
No começo de 2014 descobriu-se que um cemitério estava no caminho da duplicação. Mais precisamente no quilômetro 1,5 da rodovia, em Sapucaia do Sul.
Para executar o projeto completo, com pista duplicada e ruas laterais, o Cemitério Municipal João XXIII precisaria repassar 10 metros do seu terreno.
Essa ação demandaria construção de novas gavetas verticais para realocar os caixões que estavam no futuro traçado da rodovia. Porém, para realizar essa transferência, os corpos precisam estar identificados e as famílias dos mortos precisariam autorizar a mudança. Nos casos em que não houvesse identificação, testes de DNA precisariam ser feitos para tentar identificar descendentes.
Por causa de toda essa complexidade, o governo do Estado decidiu mudar o projeto no local. Em vez de contar com pista principal e secundárias, a duplicação no trecho perdeu as ruas laterais. A área do cemitério foi preservada e o Daer pode dar continuidade ao andamento dos trabalhos.
A obra da RS-118 completou em julho 14 anos. A promessa do governo é que ela seja inaugurada em até 18 dias.
Ao final do levantamento sobre os 14 erros da duplicação, vamos saber como o governo do Estado está lidando com estas falhas. Também vamos abordar quais os caminhos que devem ser seguidos para evitar que situações como essas se repitam em outras obras.
Os capítulos:
01) A falta de dinheiro;
02) Obras isoladas;
03) Obras incompletas;
04) Reassentamentos;
05) A crise do CNPJ;
06) A crise do asfalto;
07) Faz e refaz;
08) A perda de dinheiro;
09) As novas invasões;
10) A pouca sinalização;
11) O grande lixão;
12) O cemitério;
13) O erro que afetou a polícia;
14) A obra que nasce defasada;
15) Como evitar que estes erros se repitam.