O ano era 2016. O governo Sartori ainda não havia iniciado a sua parte na duplicação da RS-118. A obra acumulava dois anos parada.
O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) ainda avaliava como retomaria a construção. Havia muitas construções necessárias que sequer tinham sido licitadas.
Por causa das inúmeras indefinições, a obra perdeu R$ 6,6 milhões. Os recursos provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) estavam liberados para a RS-118, mas acabaram sendo destinadas para outras obras da autarquia. Na ocasião, o valor perdido correspondia a 10% do total que já havia sido investido até então.
Na ocasião, o Daer considerou que o montante era insuficiente para que a obra tivesse andamento de forma ininterrupta até a sua conclusão, sem desperdício de recursos ou material conforme exigência do Governo.
Porém, o governo retomou a obra alguns meses depois ainda sem ter definido recursos suficientes para a construção. Tanto que ela voltou a parar no final de 2018, por falta de verba. Somente a partir de junho de 2019, um financiamento de R$ 131 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) permitiu que a sequência dos trabalhos não fosse mais interrompida até seu final.
A obra da RS-118 completou em julho 14 anos. A promessa do governo é que ela seja inaugurada em até 22 dias.
Ao final do levantamento sobre os 14 erros da duplicação, vamos saber como o governo do Estado está lidando com estas falhas. Também vamos abordar quais os caminhos que devem ser seguidos para evitar que situações como essas se repitam em outras obras.
Os capítulos:
01) A falta de dinheiro;
02) Obras isoladas;
03) Obras incompletas;
04) Reassentamentos;
05) A crise do CNPJ;
06) A crise do asfalto;
07) Faz e refaz;
08) A perda de dinheiro;
09) As novas invasões;
10) A pouca sinalização;
11) O grande lixão;
12) O cemitério;
13) O erro que afetou a polícia;
14) A obra que nasce defasada;
15) Como evitar que estes erros se repitam.