O ano era 2016. A duplicação da RS-118 avançava. Aos trancos e barrancos, mas avançava.
Porém, as obras completavam 10 anos. Com tanto tempo de demora, os problema começaram a aparecer ainda distante do prazo de entrega final.
Em outubro de 2010, a pista nova contabilizava 678 rachaduras, 15 buracos, 83 remendos e outros nove remendos rachados, além de sete desníveis e desgastes no pavimento. Um dos trechos com problemas, inclusive, sequer havia sido liberado para uso e já apresentava defeitos.
Quase 10 anos depois, em maio de 2019, a construtora Sultepa fez um alerta. Na ocasião, a empresa responsável pela duplicação de um trecho de cinco quilômetros comunicou o governo que não iria se responsabilizar pelo cronograma da duplicação estipulado em contrato. O motivo do aviso se devia a falta de pagamento do governo gaúcho pelos serviços realizados.
Somente a partir da retomada da retomada das obras e dos desembolsos, em junho do ano passado, é que foi possível prosseguir com os trabalhos e com a recuperação dos buracos que a duplicação apresentava. Esses problemas são evitados quando os serviços são executados de forma concomitante, com o tempo adequado para cada etapa e protegendo as etapas anteriores realizadas.
A obra da RS-118 completou em julho 14 anos. A promessa do governo é que ela seja inaugurada em até 23 dias.
Os capítulos:
01) A falta de dinheiro;
02) Obras isoladas;
03) Obras incompletas;
04) Reassentamentos;
05) A crise do CNPJ;
06) A crise do asfalto;
07) Faz e refaz;
08) A perda de dinheiro;
09) As novas invasões;
10) A pouca sinalização;
11) O grande lixão;
12) O cemitério;
13) O erro que afetou a polícia;
14) A obra que nasce defasada.