Todas as atenções estão voltadas à nova ponte do Guaíba que, nesta quinta-feira (10), tem seu dia de inauguração parcial da obra, após seis anos de construção. Porém, como a travessia terá menos da metade das suas alças liberadas, nem todos os veículos poderão usá-la pelos próximos meses.
Dessa forma, a ponte mais antiga, que completa 62 anos em 2020, seguirá sendo muito demandada. E, mesmo quando a estrutura mais nova estiver 100% finalizada, a elevada inaugurada em 1958 seguirá intacta. Os motoristas a usarão como uma segunda opção para fazer o deslocamento entre Porto Alegre e Eldorado do Sul.
Mas para que seja mantida como alternativa, a ponte antiga precisará receber investimentos. Cabe à empresa CCR ViaSul fazer as intervenções necessárias. No contrato assinado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ficou estabelecido a recuperação do içamento e manutenção dos sistema mecânico e elétrico, além dos cuidados com o pavimento da ponte.
"A concessionária deverá manter o pavimento, a sinalização e a iluminação da ponte conforme os parâmetros de desempenho, além disso, deverá manter o vão móvel operando, fazer todo o tipo de correção necessária para manter a ponte em operação, como qualquer outra obra de arte especial do sistema rodoviário concedido", informa a assessoria da ANTT.
De acordo com a assessoria da CCR ViaSul, esse trabalho já vem sendo desenvolvido e não será necessário fazer qualquer tipo de bloqueio de grandes proporções para executá-lo. As intervenções são feitas em manutenções periódicas.
Em 21 anos, oito problemas
Nos últimos 21 anos, o içamento do vão móvel apresentou algum tipo de problema em pelo menos oito oportunidades. O último deles em 2016, quando uma queda de energia travou o vão móvel da ponte por uma hora e 20 minutos.
Já em maio de 2020, um navio bateu em um dos pilares do vão móvel. A colisão danificou a estrutura, causando a suspensão dos içamentos. A passagem de veículos seguiu normal.
De julho de 1997 até julho de 2018, a conservação da ponte ficou sob responsabilidade da Triunfo Concepa. Depois, foram sete meses sob supervisão da empresa HHTEC, que foi contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). E, desde fevereiro de 2019, a CCR ViaSul é a empresa responsável pela manutenção.