Humberto Trezzi
Muito se comenta sobre os militares que conspiraram para dar um golpe de Estado e perpetuar Jair Bolsonaro (PL) no poder. Só na semana passada, 16 integrantes das Forças Armadas sofreram buscas por parte da Polícia Federal, por suspeita de tentarem abolir o Estado democrático de direito. Teriam pregado contra a lisura das eleições, colocado sob desconfiança as urnas eletrônicas, insuflado multidões que pregavam a derrubada do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estimulado atentados contra prédios públicos e bloqueios de rodovias. Pouco se fala, no entanto, a respeito de generais que se recusaram a aderir ao golpismo. Aqueles que, mesmo não sendo eleitores do candidato petista, decidiram acatar o resultado do pleito e travaram dentro dos quartéis uma batalha silenciosa contra colegas que pregavam uma virada de mesa e cogitavam implantar Estado de Sítio no Brasil.