
O governo do Estado conseguiu, nesta quinta-feira (11), mais duas vitórias em comissões temáticas da Assembleia Legislativa e, assim, tornou possível a votação em plenário da chamada PEC do Plebiscito. Se as definições das comissões temáticas forem publicadas no Diário Oficial da Assembleia desta sexta-feira (12), a Proposta de Emenda Constitucional pode ser votada em plenário na próxima terça-feira (16).
Se a publicação em Diário Oficial ocorrer apenas na segunda-feira (15), o governo considera levar o texto à votação na quarta (17) — dia em que tradicionalmente não há votação. O governo tem pressa para votar a medida, pois afirma ter os 33 votos necessários para aprovação da PEC.
— O governo quer votar o quanto antes. Pode votar inclusive na quarta. Não tem foco de resistência (na base aliada) — aponta Frederico Antunes (PP), líder do governo Eduardo Leite na Assembleia.
Como se trata de uma PEC, o texto precisa ser aprovado duas vezes, respeitando um intervalo de três sessões entre cada votação. Se for aprovado, o governo não precisará mais consultar a população para vender CEEE, CRM e Sulgás — estatais das quais o Piratini deseja se desfazer, por motivos distintos.
Tanto na Comissão de Finanças quanto na Comissão de Serviços Públicos, nesta quinta-feira (11), os resultados foram 9 votos favoráveis à PEC e 3 contra. Antes disso, a PEC já havia passado com folga pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O ex-governador José Ivo Sartori tentou dar o mesmo caminho às empresas mas, à época, não teve sucesso na Assembleia.