
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (6) deixar a base aliada do governo federal. De acordo com o g1, os pedetistas da Casa decidiram abandonar o alinhamento automático com o governo Lula (PT).
O rompimento acontece quatro dias após o presidente licenciado da sigla, Carlos Lupi, pedir demissão do cargo que ocupava como ministro da Previdência. A saída de Lupi ocorreu em meio ao desgaste com a investigação sobre a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Como fica o PDT
Membros da sigla afirmaram ao g1 que o partido não passará a integrar a oposição, mas também deixará de fazer parte automaticamente da base aliada ao Planalto. Os deputados afirmam que terão uma posição "independente".
Segundo o líder da legenda na Casa, deputado Mário Heringer (MG), a decisão foi "unânime pela independência".
A bancada do PDT na Câmara não recebeu bem o processo de saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. A demissão de Lupi foi recebida pelo partido como o ápice de um processo e um "desrespeito" ao partido.
Atualmente, o PDT tem 17 deputados federais e três senadores. O partido faz parte da base aliada do Planalto desde a posse de Lula, em 2023.
Em 2022, o partido lançou candidatura própria à presidência: Ciro Gomes, que já havia disputado quatro eleições presidenciais, ficou em 4º lugar, com 3,5 milhões de votos, no que foi seu pior desempenho entre as participações. Com o péssimo resultado, o partido tomou a decisão de apoiar Lula no segundo turno e com a vitória do petista, passou a fazer parte da base aliada.
*Produção: Camila Mendes