Atualização: o período de convenções partidárias terminou no dia 5 de agosto. Para acessar a lista dos candidatos confirmados ao governo do Rio Grande do Sul, clique aqui.
O quadro para a disputa pelo governo do Estado será definido nas convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto. Até o momento, pelo menos 10 nomes são cogitados para concorrer ao Piratini nas eleições de outubro. Confira quem são eles:
Abigail Pereira (PC do B)
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Com Manuela D'Ávila concorrendo à Presidência, Abgail Pereira é a pré-candidata do PC do B ao Piratini. Se nada mudar, será a primeira vez que a sigla terá candidatura própria aos dois cargos desde a redemocratização — o partido vinha se aliando ao PT. Em 2014, quando Tarso Genro (PT) disputou a reeleição, Abgail concorreu a vice-governadora. Com três décadas de vida partidária, a ex-secretária do Turismo na gestão de Tarso é conhecida por lutar pelos direitos da mulher e dos trabalhadores e é crítica ferrenha do governo Sartori.
Eduardo Leite (PSDB)
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O ex-prefeito de Pelotas é o nome do PSDB para concorrer ao Palácio Piratini. No início do ano, a sigla deixou o secretariado de Sartori — no qual ocupava cerca de 50 cargos desde o início da gestão — para se descolar do atual governo e reduzir o desgaste. Formado em Direito, defensor de parcerias com iniciativa privada e redução da máquina pública, tem se dividido entre o mestrado em Gestão e Políticas Públicas, em São Paulo, e as articulações para definir a coligação. Recebeu oficialmente apoio do PPS, do PHS e do PTB, que irá indicar o até então pré-candidato do partido, delegado Ranolfo Vieira Júnior, à vaga de vice-governador na chapa.
Jairo Jorge (PDT)
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O ex-prefeito de Canoas é a aposta do PDT — que foi aliado de Sartori até abril de 2017 — para voltar a disputar o governo do Estado, após duas décadas de jejum no Piratini (o único pedetista no posto foi Alceu Collares). Sem apoio no PT, Jairo migrou para o PDT no fim de 2016 e, desde fevereiro do ano passado, percorre o Rio Grande do Sul em busca de visibilidade. Recebeu apoio do PV, que indiciará o vice da chapa, Cláudio Bier, além do Solidariedade, Podemos, Avante e PPL.
José Ivo Sartori (PMDB)
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Não assume publicamente a intenção de concorrer a novo mandato, mas, nos bastidores, trabalha pessoalmente para viabilizar a candidatura — as conversas com potenciais apoiadores se aceleraram nos últimos meses. No início, o desejo de Sartori era ter Eduardo Leite (PSDB) como vice e Ana Amélia Lemos (PP) e Beto Albuquerque (PSB) concorrendo ao Senado. Agora, busca um plano B. Tenta atrair siglas como PR e Solidariedade, e já recebeu apoio do PSB.
Júlio Flores (PSTU)
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Com mais de 10 eleições disputadas desde 1996, para vereador, prefeito de Porto Alegre, governador e senador, o professor Júlio Flores, 59 anos, será o candidato do PSTU na disputa pelo Palácio Piratini. A vice será a professora Ana Clécia. Na campanha, Júlio promete fazer um “chamamento à rebelião contra a exploração do capital, por parte de banqueiros, industriais e latifundiários”.
Luis Carlos Heinze (PP)
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Deputado federal ligado ao agronegócio, Luis Carlos Heinze está fortalecido depois de obter a maioria dos votos na pré-convenção do partido, mas terá o desafio de superar divergências internas e costurar apoios para seguir em frente. Importante aliado do governo de José Ivo Sartori, o qual deixou em março, o partido recebeu em junho o apoio de PSL (de Jair Bolsonaro), DEM e Pros. Ainda está negociando com o Podemos, de Alvaro Dias, e com o PRB, de Flávio Rocha.
Luiz Fernando Portella (PMB)
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O administrador Luiz Fernando Portella, de Porto Alegre, deve ser confirmado como candidato do Partido da Mulher Brasileira (PMB) ao Piratini. Criado em 2015, o PMB participará de sua primeira eleição geral. Há três anos, ficou conhecido por ter atraído mais filiados homens do que mulheres, embora a legenda tenha sido concebida ao sexo feminino. Atualmente, não tem representação na Câmara, mas conta com quatro deputados estaduais e quatro prefeitos espalhados pelo Brasil.
Mateus Bandeira (Novo)
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Diretor do Tesouro do Estado, secretário do Planejamento e presidente do Banrisul — todas funções exercidas na gestão de Yeda Crusius (PSDB) —, Mateus Bandeira é liberal convicto. O analista de sistemas especializado em finanças corporativas e políticas públicas nos EUA defende amplo programa de desburocratização e a revisão do papel do Estado, mas terá o desafio de fazer sua mensagem chegar ao eleitorado. Motivo: o Novo decidiu não fazer coligações, o que diminuirá o espaço na propaganda de rádio e na TV.
Miguel Rossetto (PT)
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Com os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro decididos a não concorrer novamente, o PT apostou em Miguel Rossetto na tentativa de retomar o Palácio Piratini. Rossetto foi vice-governador de Olívio (1999-2002) e ministro nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Agora, se apresenta como o principal nome de oposição ao governo Sartori, mas, desta vez, não deverá ter o apoio do PC do B. É crítico do acordo de adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal e diz ser possível pagar em dia o funcionalismo.
Roberto Robaina (PSOL)
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O vereador de Porto Alegre Roberto Robaina deverá disputar pela terceira vez o governo do Estado — já concorreu em 2006 e em 2014. Com o apoio da ex-deputada federal Luciana Genro, com quem foi casado e tem um filho, o professor de História e doutor em Filosofia pretende elaborar um programa de governo voltado aos movimentos sociais, com protagonismo das mulheres e das populações negra e LGBT. Defende auditoria e suspensão do pagamento da dívida do Estado e a revisão das isenções fiscais a grandes empresas.