A participação no governo, com a ocupação de diretorias na Corsan, na CEEE e no Badesul não foi suficiente para o PPS aprovar o apoio à reeleição do governador José Ivo Sartori. Por maioria, a executiva ampliada com a participação de prefeitos, vices, vereadores e pré-candidatos optou pela aliança com o PSDB e trabalhará pela eleição do ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite. O PPS indicou Mário Bernd como pré-candidato ao Senado.
Candidata à reeleição, a deputada Any Ortiz diz que dois fatores pesaram na decisão: a proposta de renovação representada pela candidatura de Leite e a aliança capaz de garantir a manutenção da cadeira na Assembleia e a possibilidade de eleger um deputado federal.
Na eleição para deputado estadual, o PPS concorrerá aliado a PSDB e PHS. Além de Any Ortiz, o PPS apresentará comente mais dois candidatos à Assembleia. A coligação para a Câmara será diferente: por enquanto, apenas PPS e PHS, mas com possibilidade de incluir outros partidos que venham a apoiar o candidato tucano ao Piratini. O nome mais conhecido do PPS na lista de pretendentes a uma vaga na Câmara é o ex-goleiro e hoje empresário Rodrigo Galatto.
Any Ortiz diz que os interlocutores de Sartori ofereceram a ela a possibilidade de formar um bloco apenas com partidos nanicos.
– Pedi apenas uma aliança que nos permitisse continuar existindo na Assembleia, mas o PSB e o PSD nos rejeitaram.
Hoje, a deputada deve se reunir com o governador para entregar os cargos que o PPS ocupa no governo. A saída de Flávio Presser da presidência da Corsan e de Paulo Odone do Badesul já estava definidas em cumprimento à Lei das Estatais. Nenhum dos dois compareceu á reunião que decidiu pela aliança com o PSDB. O diretor administrativo da CEEE e presidente do PPS, César Baumgratz, também deixará o cargo.