Diante da instabilidade política que repousa sobre o país, o número de pré-candidatos a presidente se multiplica. A seis meses das eleições de outubro, ao menos 22 nomes vislumbram entrar na disputa pelo Planalto.
Confira, abaixo, quem deve concorrer à Presidência:
Aldo Rebelo (Solidariedade)
Apresentado como "pacificador", o ex-ministro Aldo Rebelo foi oficializado nesta segunda-feira (16) como pré-candidato à Presidência da República pelo Solidariedade. Rebelo anunciou a saída do PSB por discordar da entrada no partido do ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.
Alvaro Dias (Podemos)
O senador lançou sua pré-candidatura em evento do Podemos, em Belo Horizonte, em março. Foi expulso do PSDB por agir contra orientações da legenda. Em 2016, entrou no PV e, com projeto presidencial, filiou-se ao Podemos no ano passado. Em 1º de agosto, recebeu o apoio de Paulo Rabello de Castro, que desistiu da candidatura pelo PSC.
Ciro Gomes (PDT)
Foi oficializado pré-candidato a presidente pelo PDT em março. Ciro admite que gostaria do apoio do PT na disputa e já admitiu que Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, seria um "vice dos sonhos". Candidato ao Planalto em 2002, o ex-governador do Ceará também foi ministro da Integração Nacional no governo Lula.
Eymael (PSDC)
O democrata cristão está entre os pré-candidatos que querem suceder Michel Temer. Consagrado pelo jingle "ei, ei, Eymael", venceu somente duas eleições, em 1986 e 1990, para deputado federal por São Paulo. Sua pré-candidatura foi lançada em março no Acre.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Único inscrito nas prévias do PSDB, Alckmin "venceu por WO" e tornou-se pré-candidato à Presidência. "Habemus candidato", disse em março. Por isso, a consulta interna antes pretendida não ocorrerá no partido. O governador de São Paulo fica no cargo até abril, quando começará a viajar pelo país.
Guilherme Afif Domingos (PSD)
O presidente do Sebrae busca espaço na corrida pelo Planalto. No entanto, há resistências ao seu nome dentro do PSD, já que a legenda deve fechar aliança com o PSDB. Em 1989, Afif Domingos concorreu à Presidência e viu seu jingle ganhar notoriedade. À época, a gravação apresentava a mensagem "Dois patinhos na lagoa", em alusão ao número eleitoral do Partido Liberal (PL), hoje Partido da República (PR).
Guilherme Boulos (PSOL)
Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos confirmou sua pré-candidatura ao Planalto em março. Porém, sua intenção causou estranhamento dentro do PSOL. Há quem reclame que sua candidatura foi construída "de fora para dentro" e com o "dedo" de Lula.
Henrique Meirelles (PMDB)
O ex-ministro deixou a pasta da Fazenda no começo de abril para participar das eleições. Após se filiar ao MDB, recebeu apoio do presidente Michel Temer – que anunciou que não disputará a reeleição em outubro. A oficialização da candidatura de Meirelles foi feita pelo presidente do partido, o senador Romero Jucá (RR).
Jair Bolsonaro (PSL)
Recém-filiado ao PSL, o deputado federal cumpre seu sétimo mandato como deputado federal. Em seu discurso, defende o armamento da população e opõe-se ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Tem aparecido na segunda colocação, atrás de Lula, nas pesquisas de intenção de voto.
João Amoêdo (Novo)
Fundador do Novo, foi anunciado candidato em novembro do ano passado. Ex-banqueiro, abandonou o mercado financeiro para criar o partido com o objetivo de renovar a política brasileira. É defensor do liberalismo econômico.
João Vicente Goulart (PPL)
O filho do ex-presidente João Goulart teve seu nome confirmado pelo PPL como pré-candidato em março. Será sua primeira disputa pela Planalto. Jango, seu pai, foi deposto pelos militares em 1964.
Levy Fidelix (PRTB)
Fidelix divulgou sua pré-candidatura à Presidência em novembro. Presidente nacional do partido, disputou uma vaga ao Planalto em 2010 e 2014. Também tentou se eleger deputado estadual, federal, prefeito e governador de São Paulo, mas nunca saiu vitorioso das urnas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente de 2003 a 2010 com índices recordes de popularidade, Lula vê suas chances de disputar as eleições minguarem desde a condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. Mesmo após sua prisão, o PT tem insistido que ele segue como seu nome para a disputa do Planalto. Caso não seja confirmado, especula-se que o plano B seria o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
Manuela D'Ávila (PC do B)
Deputada estadual no Rio Grande do Sul, foi lançada oficialmente candidata em novembro. Será a primeira vez, desde 1989, que o PC do B disputará o cargo separado do PT. Manuela cumpriu dois mandatos como deputado federal e disputou a prefeitura de Porto Alegre em 2008 e 2012.
Marina Silva (Rede)
Ex-senadora e fundadora da Rede, Marina lançou sua pré-candidatura em dezembro. Foi a terceira colocada nas duas últimas eleições ao Planalto, em 2010 e 2014. Mesmo com bom desempenho em pesquisas, enfrenta o afastamento de aliados.
Rodrigo Maia (DEM)
Presidente da Câmara, foi lançado candidato na última quinta-feira (8) em convenção nacional do DEM. Aliada histórica do PSDB, a legenda não tem candidato próprio na disputa ao Planalto desde as eleições de 1989. Na base de Michel Temer, o partido quer se distanciar do atual governo.
Valéria Monteiro (PMN)
Mais de 20 anos depois de deixar a TV Globo, a ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico filiou-se ao Partido da Mobilização Nacional (PMN) para lançar sua pré-candidatura. No entanto, encontra resistências dentro da legenda. Até o momento, afirma que segue com a ideia de entrar na disputa pelo Planalto.
Vera Lúcia (PSTU)
O PSTU, que nas últimas vezes concorreu com o candidato José Maria de Almeida (Zé Maria), lançará uma chapa tendo a sindicalista Vera Lúcia como candidata à Presidência. Vera Lúcia, 50 anos, foi militante no PT e integrante do grupo fundador do PSTU. O vice na chapa é Hertz Dias, 47 anos, militante do movimento negro.