Pré-candidato à Presidência de viés liberal, João Amoêdo (Novo) sustenta que a premissa para o país entrar em um caminho de crescimento sustentável é voltar a ter as contas públicas ajustadas, o que traria reflexos, por exemplo, na queda dos juros.
Também defensor de um Estado com menos obrigações, Amoêdo, que está em Porto Alegre para participar do Fórum da Liberdade nesta segunda-feira (9), diz ser favorável a privatizações, como no caso dos bancos públicos. Mesmo assim, avalia que um dos problemas do país é a concentração bancária, o que prejudica a concorrência e se reflete no juro.
— Não podemos trocar um monopólio público por um privado — ressalta, acrescentando ainda que é pessoalmente favorável à extinção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas não está decidido se isso será incorporado ao programa de governo.
Amoêdo também ressalta que não defende apoio a setores específicos. Entende que, com reformas estruturais na economia, as empresas brasileiras terão naturalmente melhores condições de competitividade global.
Além de reformar a Previdência e aprofundar as alterações nas regras trabalhistas, Amoêdo promete dar atenção especial à área da segurança. Diz ser necessário uma maior integração entre União, Estados e municípios na área, além de deixar mais rigorosa a legislação penal.
— Também defendemos parcerias público-privadas (PPPs) para os presídios — afirma Amoêdo.
Em relação ao papel do poder público na saúde e educação, o pré-candidato do Novo diz ser favorável a um modelo como o do Bolsa Família, em que os beneficiários recebem uma quantia e dinheiro e gastam da forma que considerarem mais adequada. Mas, todos estes programas, ressalta, devem ter clara uma porta de saída para quem ganha o benefício.