Por maioria absoluta, o diretório estadual do PSB aprovou na noite desta quinta-feira (14) o apoio à reeleição do governador José Ivo Sartori (MDB). Na mesma reunião, o PSB escolheu Beto Albuquerque como candidato ao Senado, em disputa com o ex-prefeito José Fortunati. Beto teve 58 votos e Fortunati, 34.
O PSB está com Sartori desde a eleição de 2014 e ocupa duas secretarias no governo, a de Desenvolvimento Rural e a de Obras. A aliança com Sartori teve 60 votos, contra 35 pela candidatura própria. A coligação com Jairo Jorge (PDT) obteve dois votos e o apoio a Eduardo Leite (PSDB), um.
A vitória da corrente favorável à coligação com Sartori estava desenhada havia vários dias, mas se consolidou na tarde desta quinta-feira, em reunião da cúpula do PSB com o chefe da Casa Civil, Cleber Benvegnú, e com o secretário da Segurança, Cezar Schirmer, integrantes da coordenação política do governo. Do encontro participaram, além de Stédile e de Beto Albuquerque, o secretário-geral do PSB, Mario Bruck, os deputados estaduais Elton Weber, Liziane Bayer e Catarina Paladini e os secretários Valdomiro Mineto (Desenvolvimento Rural) e Rogério Salazar (Obras).
Os interlocutores de Sartori renovaram o compromisso firmado em 2014 com o PSB e receberam um pedido de maior participação nas decisões centrais. Benvegnú ressaltou o papel do PSB nas políticas relativas à agricultura familiar.
O grupo que apoia a candidatura de Hermes Zaneti ao Piratini decidiu não acatar o resultado e vai tentar derrubar a decisão do diretório no congresso do partido, que é o órgão máximo de deliberação.
— Fizemos 35% dos votos e isso nos deixa muito animados. Como prevê o estatuto do PSB, vamos para o congresso do partido lutar pela candidatura própria — disse o secretário-geral do PSB, Vicente Selistre.
Apesar da reação do grupo derrotado na votação sobre o Piratini e da disputa entre Beto e Fortunati, o presidente do PSB, José Stédile, diz que o partido saiu unido e que o clima, após a reunião do diretório, era de "comemoração":
— Fortunati é um líder respeitado. Está convidado a fazer parte de um grande projeto e será candidato ao que quiser — disse Stédile.
Na prática, a única opção que resta ao ex-prefeito de Porto Alegre é disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, hipótese que, até aqui, ele sempre descartou.