A delegação brasileira teve a sua melhor participação da história na Surdolimpíada de Caxias do Sul. A competição reuniu 77 países e mais de 4 mil participantes na Serra entre os dias 1º e 15 de maio. O Brasil contou com 199 atletas (110 homens e 89 mulheres). Os surdoatletas brasileiros disputaram em 17 modalidades no masculino e 14 no feminino.
No Rio Grande do Sul, o Time Brasil superou o número de medalhas conquistadas na edição anterior dos jogos, na Turquia. Em 2017, o país subiu cinco vezes ao pódio. No país do leste europeu, o Brasil chegou a sua primeira e única medalha de ouro, com nadador Guilherme Maia.
Em Caxias do Sul, o Brasil faturou seis medalhas, todas de bronze. A primeira veio com Rômulo Crispim. O judoca de Rondônia foi terceiro lugar na categoria -66kg. Ainda no judô, Alexandre Fernandes trouxe a segunda na categoria -90kg. Ele foi o primeiro surdoatleta brasileiro a conquistar medalha na história, em 2009, realizada em Taipei (Taiwan). O nadador Guilherme Maia garantiu mais duas nos 100m e 200m livres. Por fim, foi a vez dos esportes coletivos entrarem na conta. O futebol e handebol faturaram o bronze no feminino. A presidente da Confederação Brasileira de Desportos Surdos (CBDS), Diana Kyosen comemorou a marca.
— Ver o Brasil sediar um evento desse porte é um orgulho muito grande para todos nós. Tivemos a oportunidade de mostrar que o surdo é capaz de competir em alto nível. Esse evento vai ajudar muito a melhorar a visibilidade para as necessidades da comunidade surda, e para melhorar a acessibilidade, além de mostrar a força do desporto de surdos — destacou a presidente da CBDS, Diana Kyosen.
No quadro geral de medalhas, o Brasil terminou a competição como 44°. O primeiro lugar ficou com a Ucrânia, com 62 de ouro, 38 de prata e 38 de bronze. Na história, a delegação brasileira soma 16 medalhas em edições da Summer Deaflympics, sendo uma de ouro, uma de prata e 14 de bronze.
— Nossa delegação está de parabéns. Presto minha homenagem a todos os atletas, membros da comissão técnica, voluntários e equipe da CBDS, que não mediram esforços para dar seu melhor. Encerramos a edição certos de que fizemos uma grande Olimpíada e já nos preparando para a próxima edição — conclui Diana.
A próxima edição das Surdolimpíadas será no ano de 2025. Segundo o presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, Gustavo Perazzolo, existe uma possibilidade forte do Japão sediar o evento.
Conheça os atletas medalhistas:
Taipei - Taiwan (2009)
Bronze
Alexandre Fernandes - Judô 81kg
Sofia - Bulgária (2013)
Prata
Guilherme Maia Kabbach - Natação 100m livre
Bronze
Heron Rodrigues da Silva Karatê 84kg
Guilherme Maia - Natação 200m livre
Guilherme Maia - Natação 200m borboleta
Samsun - Turquia (2017)
Ouro
Guilherme Maia - Natação 200m livre (recorde olímpico da prova: 1:52.55)
Bronze
Futebol Feminino
Alexandre Fernandes - Judô 90kg
Heron Rodrigues da Silva - Karatê 84kg
Guilherme Maia - Natação 100m livre
Caxias do Sul - Brasil (2022)
Bronze
Rômulo Crispim - Judo -66kg
Alexandre Fernandes - Judô -90kg
Guilherme Maia - Natação 100m livre
Guilherme Maia - Natação 200m livre
Handebol feminino
Futebol Feminino