O judô brasileiro garantiu a segunda medalha de bronze do país nas Surdolimpíadas, disputadas em Caxias do Sul. No encerramento das disputas individuais, o carioca Alexandre Fernandes, 33 anos, subiu ao pódio na categoria até 90kg. O evento ocorre no ginásio do Recreio da Juventude.
É a terceira conquista do judoca em sua trajetória surdolímpica. Ele já havia faturado o bronze em 2009, em Taipei, no Taiwan, e 2017, em Sansun, na Turquia.
— Ao final da luta, quando eu consegui o terceiro lugar, foi o ápice, porque eu lembrei das outras conquistas. Foi algo muito emocionante. Muitas vezes não tive recursos para viajar, não tinha patrocínios, tive de pagar do meu bolso ou a minha família pagou. Em uma Surdolimpíada no Brasil, queria ter essa alegria. E estar entre os melhores do mundo, no meu país, é algo muito gratificante e importante, porque traz visibilidade. As próximas gerações vão também querer ganhar medalhas — disse Fernandes, por meio da intérprete Jacqueline Félix.
A primeira medalha do Brasil nos Jogos foi conquistada na terça-feira, com Rômulo da Silva Crispim, na categoria até 66kg. Ainda nesta quarta-feira (4), outras duas judocas brasileiras chegaram muito perto de alcançar o pódio. Letícia Bauermann (até 78kg), gaúcha de Santa Cruz do Sul, e Caroline da Silva (até 63kg), foram derrotadas na luta que valia o bronze.
Nesta quinta-feira (5) ocorrem as disputas por equipes do judô, mas o Brasil não irá participar da competição.