Agora que o Brasileirão é o único objetivo no calendário do Grêmio, Renato Portaluppi terá de encontrar uma nova versão do time. As eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores deixaram lições para o técnico.
Serão 17 jogos pela frente até dezembro, e com a expectativa de não apenas ficar brigando contra o Z-4 até dezembro. Mas para isso será necessário melhorar. Tudo para ter oportunidade de garantir que 2025 seja novamente com grandes competições no calendário.
A principal dúvida entre os torcedores do Grêmio, e que Renato precisará responder nos próximos jogos, é como fazer o time funcionar com a incorporação dos reforços trazidos na janela de julho. Um processo que não teve a velocidade esperada até o momento, com os rendimentos ruins nos jogos de mata-mata contra Corinthians e depois contra o Fluminense.
Opções para o ataque
A composição do ataque é um destes exemplos. Braithwaite, Diego Costa, Arezo, Aravena, Soteldo, Pavon, Cristaldo e Monsalve são as opções para um setor que era dor de cabeça até algumas semanas atrás.
Uma das alternativas é a mudança de sistema. Nas duas ideias usadas prioritariamente por Renato, o 3-4-3 e o 4-2-3-1, um centroavante é escalado e o time usa dois pontas. Mas como são dois dos maiores investimentos, uma possibilidade seria projetar Diego Costa e Braithwaite juntos. Até mesmo Arezo com um dos outros camisas 9.
— Nenhum esquema é inviável, nenhuma forma de jogar é inviável. Seria um esquema muito ofensivo e esses dois caras do lado teriam que trabalhar muito sem bola. Acho mais improvável jogar desse jeito, porque o Soteldo não trabalha muito sem bola. Não é um cara que recompõe tanto. Outra forma é manter esse 4-4-2 com um outro jogador pelo lado, podendo jogar com o Pavon ou o Soteldo na direita e o Cristaldo na esquerda — projeta Raí Monteiro, criador do portal Taticamente.
Cristaldo e Monsalve
Uma das mudanças mais pedidas pelos torcedores, e que Renato sinalizou que não considerava viável até utilizar contra o Fluminense, é um time com Cristaldo e Monsalve juntos. Contra a equipe carioca, o técnico manteve apenas Villasanti como volante e utilizou a dupla na criação.
— Com o Cristaldo e o Monsalve, dá para você fazer esse time com um losango no meio. Com Dodi, Villasanti e Cristaldo, e o Monsalve de camisa 10. E aí você pode ter uma dupla de ataque com um cara mais leve, Soteldo e Diego Costa, ou Soteldo e Braithwaite — diz Raí.
Também não é possível descartar que Renato deseje dar sequência ao esquema 3-4-3. Depois de aprovar o rendimento da equipe em alguns jogos, o técnico defendeu a viabilidade do modelo tático após a partida contra o Fluminense. Mesmo com a mudança de utilizar um centroavante de ofício, no Maracanã a opção foi por Braithwaite, no lugar de apostar em um meia improvisado mais próximo do gol adversário.
— A escolha dos três zagueiros é compreensível, mas os três atacantes sem um meia não parecia uma das melhores ideias e de fato isso acabou se comprovando dentro de campo. Se o Renato tivesse bem claro quando que o time funciona com três zagueiros, quando funciona com uma linha de quatro atrás, ele talvez nem faria a escolha que fez no primeiro tempo do Maracanã — afirma Gian Oddi, comentarista da ESPN.
Segundo Oddi, com a chegada de novos jogadores é normal que o próprio Renato queira fazer testes e experiências.
Tempo agora não faltará para observações nos treinos. Sem Libertadores e Copa do Brasil, o Grêmio terá apenas um jogo por semana até a parada para a data Fifa de setembro. E com a necessidade de mostrar resultados dentro de campo do tempo a mais de trabalho.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.