Quarto e quinto colocados no Brasileirão, Grêmio e São Paulo abrem nesta quinta (15), no Morumbi, a disputa direta pela última vaga no G-4. Uma colocação cujo prêmio é o ingresso na fase de grupos na competição continental, sem a necessidade de duas desgastantes fases preliminares de mata-mata. Desfalcado de Léo Moura, Kannemann e Luan, o Grêmio, ainda assim, desfruta de uma situação mais cômoda do que seu adversário, cuja sequência de maus resultados custou o cargo ao técnico uruguaio Diego Aguirre.
Contando o confronto desta quinta, serão cinco rodadas até o final do Brasileirão. Dos cinco jogos restantes, o Grêmio terá só dois em casa, contra Chapecoense e Corinthians. O Flamengo, seu adversário na 36ª rodada, no Maracanã, é outro concorrente direto ao G-4, o que representa um agravante. Já o São Paulo, além do Grêmio, ainda enfrentará Cruzeiro e Sport no Morumbi.
— A mesma final que jogamos contra o River temos que jogar contra o São Paulo e o restante do Campeonato Brasileiro — impõe o volante Michel. — É um confronto direto e sabemos da qualidade do São Paulo — completa.
As duas vitórias consecutivas, contra Atlético-MG e Vasco, mostram que o Grêmio soube digerir a eliminação na Libertadores. O São Paulo, que chegou a liderar o campeonato, enfrenta agora uma fase de turbulência e recorre ao auxiliar técnico André Jardine para salvar a temporada.
— É o grande jogo da rodada — avalia o matemático Tristão Garcia, do site infobola.com.br.
Feitas as projeções, que levam em conta fatores como a sequência de jogos de cada time até o final do Brasileirão e a média recente de desempenho dentro e fora de casa, Garcia vê o Grêmio com 57% de chances de chegar à Libertadores via G-4. Uma diferença mínima em relação ao São Paulo, que tem 56%. Ao analisar o confronto desta noite, o matemático entende que o time de Renato poderá beneficiar-se do histórico recente de seu adversário dentro do Morumbi. Nas três últimas vezes em que atuou em casa, o São Paulo empatou Flamengo e Atlético-PR e perdeu para o Palmeiras. Trata-se, portanto, de uma equipe que não tem tirado proveito do fator local. Ao contrário do Grêmio, cuja média de pontos fora da Arena é de 1,44.
Mesmo os matemáticos, por vezes, aceitam que a frieza dos números possa ser confrontada com fatores emocionais. Tristão Garcia observa que, em circunstâncias normais, o Grêmio poderia ter facilidades contra a Chapecoense, sua adversária no próximo domingo, na Arena. Só que, ao bater o Santos, no Pacaembu, o time catarinense credencia-se a imprimir uma nova característica ao jogo.
— Ela ganhou um fôlego extra e deve colocar o Grêmio em estado de alerta. Por isso, impõe-se um bom resultado no Morumbi — destaca o titular do infobola.
Caso termine o Brasileirão na quinta posição, o Grêmio precisará disputar a pré-Libertadores, com estreia dia 6 de fevereiro, apenas um mês depois da volta das férias. O G-4, em última análise, significa uma folga maior no calendário para abrir a próxima temporada.
— É só no Brasil os clubes têm somente 15 dias para se preparar. Não existe isso. Pré-Libertadores é complicado, reduz o tempo de preparação — reclama o centroavante Jael, enquanto enfatiza a necessidade de uma vitória no Morumbi. — É por isso que, a partir de agora, cada jogo é uma final. É fundamental ficar no G-4.
O caminho do Grêmio
15/11 - São Paulo (f)
18/11 - Chapecoense (c)
21/11 - Flamengo (f)
25/11 - Vitória (f)
2/12 - Corinthians (c)
O caminho do São Paulo
15/11 - Grêmio (c)
18/11 - Cruzeiro (c)
22/11 - Vasco (f)
26/11 - Sport (c)
2/12 - Chapecoense (f)