Se você está buscando uma alimentação mais saudável ou quer perder alguns quilinhos que andam incomodando, parte do sucesso desta jornada é conhecer os alimentos que vão compor a sua refeição. Assim, é possível ter mais autonomia alimentar, entendendo tudo o que colocamos no prato e garantindo uma refeição nutritiva e equilibrada.
Por isso, é importante saber tudo sobre a famosa pirâmide alimentar. Com certeza você já deve ter deparado com ela ao menos uma vez na vida — mas, se nunca viu, não tem problema! Eu explico a seguir:
O que é?
A pirâmide alimentar era encontrada no guia alimentar para a população brasileira até 2014 e tinha como objetivo focar em três pilares de uma alimentação saudável: moderação, variedade e equilíbrio. Ela era dividida em oito grupos e indicava a quantidade de porções ideal que deveria ser ingerida de cada um deles. Hoje, o guia mudou, pois percebeu-se que não se tratava de qualidade dos alimentos, o que é fundamental para uma dieta saudável.
Agora, o guia não é dividido por grupos, mas sim, foca em uma alimentação mais natural a partir de alimentos frescos e minimamente processados. Você pode encontrar o guia no site do Ministério da Saúde — é sem 100% gratuito.
Grupos de alimentos
Mas, o que podemos aprender com o guia anterior, que dividia tudo por grupos? De alguma maneira, ele ajudava a entender o mundo dos alimentos. Vamos começar pela base: o grupo um era o dos pães (bolos e biscoitos), cereais (todos os tipos de arroz, milho, trigo, centeio, aveia, cevada, quinoa e amaranto), tubérculos (batata inglesa, rabanete, mandioquinha) e raízes (batata doce, cenoura, beterraba, aipim e inhame).
No segundo nível da pirâmide, havia dois grupos: as hortaliças, que são os legumes e as verduras, e as frutas. As verduras são aqueles vegetais em que a parte comestível são as folhas, flores e hastes. Ou seja, a maioria dos verdes: alface, couve, agrião, rúcula, chicória, brócolis e etc. Já nos legumes, a parte comestível são os frutos ou sementes: abobrinha, berinjela, chuchu, pimentão e por aí vai.
No terceiro nível, estavam as proteínas de origem animal e as proteínas de origem vegetal. O grupo de leites e derivados, carnes e ovos, leguminosas e oleaginosas. As leguminosas são os grãos produzidos em vagem: feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, fava e soja. Já as oleaginosas são sementes ricas em óleos e gorduras do bem: castanhas, nozes, amêndoas e etc.
Por último, no topo da pirâmide, encontravam-se os dois grupos mais temidos: óleos e gorduras, tanto de origem animal quanto vegetal; e os açúcares e doces.
Fique de olho
A pirâmide é ótima para nos ajudar a identificar os grupos de alimentos e quais deles são ricos em macronutrientes. Os alimentos da base são fontes de carboidratos, e os do meio, fonte de fibras e vitaminas. Mais pra cima, as proteínas, e por último, gorduras e açúcares. Para conhecimento geral é uma ótima ferramenta. Para aprender a ter uma alimentação adequada e equilibrada, o guia atual vem para somar e facilitar.
E o novo guia alimentar?
No novo guia, há dicas de combinações saudáveis para cada refeição, e o mais legal: de acordo com cada região do país, respeitando a cultura de cada lugar. O café da manhã de quem vive na região Nordeste tem questões culturais diferentes de quem mora no Sul, e isso precisa ser respeitado e considerado quando falamos em alimentação saudável e acessível.
Além disso, o novo guia traz dicas de comportamento, de como se portar na hora de comer para ter uma experiência completa de saúde e bem-estar. Enfim, alimentação é papo sério e quanto mais curioso você for, mais conhecimento terá e mais saúde colocará no seu dia a dia.
Paula Mar Pinto é nutricionista clínica por formação, mas se considera uma "facilitadora de experiências saudáveis". Depois de muito brigar com a balança, resolveu se aliar a ela. É autora do projeto E Agora, Nutrinha?.