Se você é fã de tapioca, presta atenção na novidade: a Tapí é a mais nova marca de Porto Alegre, criada com o intuito de sempre termos um lanchinho saudável para compartilhar com quem gostamos. O produto se trata de nada mais, nada menos, do que dadinhos de tapioca artesanais, sem glúten e sem conservantes, congelados para finalizar em casa.
Durante a pandemia, duas jovens amigas, Yasmin Durand (25 anos) e Mariana Schneider (22 anos), tiveram a ideia de concretizar sua adoração pelos dadinhos e decidiram tirar do papel sua própria marca. A ideia é eternizar momentos e criar histórias em volta de um aperitivo saudável, crocante, prático e delicioso. A Yasmin já tem uma bagagem ligada a gastronomia, com o restaurante da família Le Bateau Ivre, que quando o assunto é culinária francesa, logo vem à cabeça. O chef e idealizador do restaurante, que foi um dos primeiros a trazer a legítima cozinha francesa para o país, é Gerard Durand (que faleceu em abril de 2018), pai da jovem.
O que é a Tapí?
A Tapí é basicamente uma empresa de dadinhos de tapioca congelados, justamente por ser super prático de finalizar em casa, que surgiu da nossa própria paixão pelo aperitivo. Na finalização o cliente faz do jeito que preferir: na airfryer, no forno ou frito. É excelente de ter em casa, por ser daqueles coringas para ter no freezer e comer a hora que quiser. Dá para se comparar a um pão de queijo, pela facilidade e versatilidade de lanche ou petisco para qualquer momento. As tapís realmente são para quando der vontade: para receber pessoas em casa, para aqueles dias que não se quer jantar algo pesado, para o lanche da tarde, para colocar na tábua de frios, para passar no fondue, até para o de café da manhã. Nós duas, por exemplo, amamos tanto que comemos praticamente todos os dias as sobras de quando produzimos! Nem nós enjoamos, tem para todos os gostos e ocasiões!
Como surgiu a ideia de abrir a Tapí?
A ideia surgiu do gosto e paixão que nós duas compartilhávamos! Gostávamos de fazer juntas dadinhos de tapioca antes dos churrascos, ou como petisco antes do jantar, ou até de lanche da tarde. Percebemos que, apesar de ser super prático, não existia muito esse produto e conceito de empresa em Porto Alegre. Além de que ambas estávamos meio paradas em relação ao trabalho durante a pandemia, principalmente com o Le Bateau Ivre fechado. Começamos a ver pequenas empresas surgindo durante a pandemia e tomando forma, e deu vontade de tentar a mesma coisa. Queríamos ter um dinheiro extra, e talvez atingir independência financeira com um negócio que gostássemos de trabalhar. Mas de fato, nunca imaginamos que seria tão rápido. Então decidimos inventar moda.
Qual é a relação da Tapí com o Le Bateau Ivre?
No Le Bateau foi onde tudo começou. Já que o restaurante estava fechado decorrente à pandemia, atendendo apenas telentrega a noite de terça a sábado, a cozinha ficava sem muito uso durante o dia. Então eram quase todas as manhãs produzindo ali mesmo, principalmente nas segundas-feiras. Tiramos muitos aprendizados do restaurante, já que trabalho lá há quase 10 anos. Sem contar que fiz administração, o que senti que foi realmente importante para montar a empresa. Além de que muitos dos fornecedores são os mesmos do restaurante, já que vale muito a pena comprar junto. Isso nos facilitou muito, já que queríamos as melhores coisas e com os melhores preços.
Sente semelhança no público da Tapí e do Le Bateau Ivre?
Sinto muita relação entre o diversos aspectos no negócio do Le Bateau e da Tapí. As vezes os clientes chegam a pedir ambos no mesmo dia.É engraçado quando vemos a mesma pessoa mandando mensagem pro celular das duas empresas, me deixa bem contente. Esses últimos dias, que pudemos reabrimos o restaurante, mesas já chegaram a me chamar para dizer que provaram as tapís e adoraram. São produtos completamente diferentes, mas que no fim conseguem atingir o mesmo público: o que gosta da boa gastronomia, de novidades e de praticidade.
Como foi tirar do papel o negócio de fato?
No início foi bem difícil, porque fomos atrás de tudo do zero, sem muitos exemplos pra nos basear. Era uma procura constante por fornecedores, receitas e conceito da marca e logo. Hoje, em dois meses e meio de empresa já estamos abrindo nosso próprio espaço, montamos uma cozinha e um escritório novo com o capital já adquirido com a Tapí. Tivemos um investimento inicial alto, mas já o retorno veio antes mesmo do imaginado. Não sabíamos que ia dar tão certo. Nessa busca por fornecedores, acabo tenho muito contato com essa rede de gastronomia pelo Le Bateau Ivre. Então fomos pedindo muita ajuda, desde o início. Houveram dias que saímos loucas atrás de produtos bons, de qualidade e de custo-benefício. Por exemplo, fomos até Canoas atrás dos vidrinhos das geleias, até Portão atrás das caixinhas, e até entramos com empresas de outros estados atrás dos adesivos com o logo. Realmente atucanamos todo mundo atrás do que realmente queríamos. O bom é que somos bem pro-ativas, e com a ajuda dos amigos e da família fomos nos divertindo pra construir tudo.
Qual é o cardápio da Tapí hoje?
Então, o legal das tapís justamente que temos vários sabores, e que cada dia estamos tentando buscar novos. Por enquanto temos: tradicional, carbonara, brie e parma, coco e fit. A fitness é feita leite sem lactose e chia, para equilibrar o índice glicêmico. Inclusive pensamos nesse sabor para a marca ser cada vez mais inclusiva. Além dessa ser zero lactose, todas são sem glúten, atingindo um nicho de mercado que está cada vez mais em alta. Notamos uma busca crescente por produtos gostosos e saudáveis.
Além dos sabores dos dadinhos em si, temos a geleia de pimenta e a novidade que é o doce de leite, que pensamos para acompanhar as tapís de coco. Vale lembrar que nem sempre saem iguais, porque apesar de seguirmos uma receita, as coisas são tão artesanais que acabam sendo feitas meio no olho. E por isso é ainda mais legal, a cada produção vamos aprendendo mais e o produto final fica melhor.
Quais são os planos pro futuro da marca?
Temos percebido cada vez mais que precisamos ter um fácil acesso ao nosso produto, por isso pensamos em colocar nos aplicativos de delivery, e nos mercados e bancas gourmets. Esses são nossos próximos objetivos e principais planos pro futuro atualmente. Além de que estamos deixando a cozinha do Le Bateau Ivre e indo para a nossa própria! Alugamos um espaço bem grande, com muita possibilidade de crescimento como empresa. Outra coisa é que já tem gente de outras cidades entrando em contato com o desejo de nos representar. O negócio tomou uma proporção tão grande, que teve dias que chegamos a ficar chateadas por não ter mão para conseguir produzir e entregar todos os pedidos. O que na verdade nos enche de alegria.
Qual é a lição que aprenderam no negócio?
Aprendemos que um produto relativamente simples pode dar muito certo, se feito com carinho e dedicação. Quando meu pai, Gerard Durand, estava vivo e trabalhando no que ele mais gostava - a cozinha-, ele me ensinou: ''Se vai fazer alguma coisa, vai fazer com amor''. E eu realmente levei essa lição muito a serio. Nunca fui uma pessoa que passava horas cozinhando, gostava de cozinhar para os amigos e era isso. Por isso nunca imaginei estar amando tanto fazer uma coisa que me demandasse tanto tempo na cozinha. Hoje, se nós duas precisássemos produzir para sempre, tenho certeza que faríamos. Erramos, aprendemos, nos divertimos, colocamos uma música. É muito saudável para nós, como amigas, como parceiras, e como pessoas. Nenhuma faz mais do que a outra, e valorizamos isso, porque sabemos o quanto é difícil ter um negócio com amigos ou família.
TAPÍ
Os pedidos podem ser feitos pelo WhatsApp (51) 9208-7096 ou Instagram @tapi________
O prazo de entrega é de até 48h e o pagamento é via TED
Os pedidos são entregues via Uber Flash ou combinando horário para retirada
As tapís duram até 3 meses no freezer