SEM CONTATO
A China, no pico de contágio e quando ainda não considerávamos uma pandemia, tomou medidas drásticas para tentar controlar. Segundo o site Business Insider, o medo do vírus mudou a forma como os chineses consomem alimentos. Os pedidos de delivery para cinco pessoas ou mais dispararam, com crescimento de 70%, por exemplo. E não foram apenas as entregas que mudaram. Os restaurantes sentiram a diminuição de movimento, já que muita gente evitou aglomerações. As principais redes de fast-food aderiram a novos sistemas de venda com o mínimo de contato. De acordo com a Reuters, o McDonald’s fechou 300 unidades no país.
Episódio: #50
PREJUÍZO PARA AS BEBIDAS
O mercado de bebidas também arcou com os efeitos da epidemia. Uma reportagem do Decanter.com afirmou que os produtores de vinho relataram uma queda de até 90% nas vendas para a China e o cancelamento de feiras de negócios do ramo. Além da queda do consumo, as empresas produtoras precisaram lidar com o congestionamento nos portos chineses. A marca espanhola Torres calculou uma queda de 80% nas suas vendas de fevereiro e de 50% para março. Já a Diageo, maior fabricante de bebidas destiladas do mundo, estimou um prejuízo de US$ 260 milhões pelo fechamento de bares e restaurantes na Ásia.
Episódio: #50
MAS E POR AQUI?
Ao longo desses cinco meses, muita coisa mudou, inclusive na gastronomia. Agora, temos a chance de ter os pratos dos nossos restaurantes favoritos em casa. Mas é claro que isso traz alguns pontos de discussão. Em outros tempos, pedir delivery era simplesmente resolver a comida e escolher uma opção entre tantas outras. Isso obrigou os lugares a repensarem seus formatos. No entanto, apenas disponibilizar os seus menus em apps não é o suficiente, e muitos estabelecimentos já perceberam isso. A jornada ainda tem muito a evoluir no que diz respeito a embalagens, aos próprios produtos e também ao excesso de lixo.
Episódio: #53
A REABERTURA
Em uma reportagem para a Vogue, Rosa Moraes relata três vivências diferentes em restaurantes estrelados, em países diferentes, que estão reabrindo ao público depois de meses fechados. Rosa conta que no três primeiros meses em que o Mirazur, em Menton na França, ficou fechado, a equipe aproveitou para se reconectar com a natureza e, quando abriram novamente, no final de junho, a casa já tinha uma proposta completamente diferente, baseada no desenvolvimento sazonal dos ingredientes. Outro ponto importante é a obrigatoriedade de fazer reservas e de ser pontual para que não haja aglomerações na porta do restaurante. Já em Lisboa, no Alma, cada cliente recebe uma versão do menu, dessa vez mais enxuto, e que deve ser levado para casa de recordação. A chef Helena Rizzo do Maní, em São Paulo, aproveitou para ressignificar a proposta do lugar, reformulado de corpo e alma, com um cardápio totalmente novo à base de produtos puramente sazonais, descomplicado e trabalhado com o que se tem de melhor na semana e na estação. "Talvez a pandemia, que trouxe e ainda traz tantas perdas, também deixe um legado humano importante. O valor dos bons momentos, o prazer de dedicar tempo e atenção a companhias queridas; o que tem de precioso em cada experiência, do vento batendo no rosto à explosão de sabores na primeira garfada”, reflete Rosa.
Episódio: #58