O que tem de ter em um bom roteiro de inverno para você? Um dia lindo de sol, frio, boa comida, paisagens incríveis? Encontrar um bom lugar para caminhar ao sol, tomar um chimarrão para se aquecer, ficar pertinho da natureza escutando o som das águas, dos animais? Prepare-se para mudar seu conceito sobre as paisagens de Porto Alegre. Deixe para lá a ansiedade e esqueça o barulho do trânsito. Mas curta a estrada: o caminho entre uma parada e outra é lindo! E frio dá ainda mais vontade de comer, né?
Começamos este Partiu RS pertinho do fogão a lenha. O primeiro lugar que fomos conhecer é a Granja Lia, que serve almoço colonial a R$ 35. No cardápio, uma comidinha bem caseira.
– Suíno com batatas, temos um frango com molho de vinho tinto, um arroz, um feijão e um frango à passarinho – lista o produtor rural Luiz Carlos Azevedo Boehl Filho.
Além dos pratos quentes, tem ainda o bufê de saladas orgânicas, sem agrotóxico. A Granja Lia abre todo segundo domingo do mês. E tem bastante coisa para fazer para queimar as calorias da farta refeição.
– Temos opções de trilhas, tem espaço para as crianças correrem, tem um campo para jogar futebol, vôlei também. E, se não quiser nada disso, tem as redes também para dar uma relaxada – sugere a produtora rural Izabel Cristina da Cruz Pacheco.
A caminho das propriedades dos caminhos rurais, está a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, conhecida como Gruta da Glória, no bairro de mesmo nome. Quase nem dá para acreditar que Porto Alegre tem um recanto como este. Ao som de uma cascata, é um bom espaço para meditar. As árvores, a natureza e o silêncio levam muita gente até lá para meditar, rezar e agradecer. Uma parada praticamente obrigatória pra renovar as energias. A entrada é gratuita.
– O meu filho fez um tratamento de câncer e havia poucas chances de cura, entre 20% e 30%, e ele praticamente já está curado. Se não tivesse essa energia positiva, essa espiritualidade nos ajudando, talvez ele não tivesse recuperado a saúde – conta o aposentado José Souza da Silveira.
Seguindo em direção à zona sul da Capital, chegamos ao Sítio do Mato. Conhecer um pouquinho da lida na fazenda vai ser um dos programas favoritos dos pequenos. É possível interagir com os animais. Dóceis, eles aceitam comida das mãos dos visitantes. Ao preço de R$ 15, o sítio está aberto ao público no primeiro domingo de cada mês e recebe também escolas e grupos. Dá para fazer piquenique e jogar bola.
No alto do Santuário Mãe de Deus, dá para ver paisagens incríveis, como o ponto onde o Guaíba quase se encontra com a Lagoa dos Patos. Tem também uma vista de fazenda, com um açude e patinhos nadando. Há o som dos animais ao longe. É um bom espaço para esticar as pernas, tomar um chimarrão. Para qualquer lado que você olhar, pode contemplar uma paisagem diferente – uma mais bonita do que a outra. A entrada no santuário é gratuita, mas, para conhecer a igreja, deve-se respeitar o horário de funcionamento.
A Cabanha Costa do Cerro (ingresso a R$ 20), no bairro Lami, funciona como hospedaria de cavalos, mas quem procura paz, uma boa sombra e um lugar bonito para passar o dia pode chegar.
– A gente aluga cavalo por hora, faz passeios contemplativos da natureza, que aqui foi privilegiada, é exuberante. E o nosso foco é esse: mostrar como funcionavam as fazendas antigamente, o nosso dia a dia – explica o produtor rural Nairo Guerisoli.
No bairro Lageado, outra Cabanha, a La Paloma. Nesta fazenda, além das atividades tradicionais de campo, dá para descansar, respirar o ar puro, mas também meditar e fazer ioga – uma forma que o pessoal encontrou de se conectar ainda mais com a natureza.
– Eu procuro para relaxar, relaxar minha mente, relaxar meu corpo. O único meio para você se conectar com o seu ser é na respiração – garante Marecilda Barbosa, sócia-proprietária da cabanha.
Joelson Barbosa, proprietário, montou um piquenique para mostrar como o local é agradável para esse tipo de atividade:
– O suco é natural, a laranja é colhida aqui. Temos pão de queijo feito aqui, bolinho, suco, água, um chazinho, um café. E, após a meditação, o pessoal acaba curtindo aqui o piquenique em família ou entre amigos.
A entrada na cabanha é grátis, e a meditação guiada é oferecida para grupos pequenos por R$ 60 (valor total). O piquenique custa R$ 20 por pessoa. Além das frutas orgânicas, colhidas do pé, é o pessoal da fazenda quem prepara bolos e bolachas.
Para o café da tarde, hora de a gente fazer mais um agradinho para o estômago. No Sítio Canto Rural, prepare-se para se lembrar da casa da vovó, em todos os detalhes. (Para adultos, o café da tarde sai por R$ 67. Para crianças, o preço é de R$ 35.)
– Antes tem várias atividades com as crianças, como plantar mudinhas, fazer um teatrinho de fantoches. Por último, eles andam de pônei – elenca Noara Tubino, proprietária do local.
Por falar em mudinhas de plantas, a Floricultura Rossato, nosso último destino, é gigante, com sete hectares de pura beleza, delicadeza e delícias. O visitante pode experimentar as frutas direto do pé. Além das plantas a céu aberto, a floricultura tem diversas estufas. O passeio é incrível – a variedade de plantas, flores e temperos parece infinita.
Serviço
Mais informações sobre os Caminhos Rurais de Porto Alegre podem ser obtidas no site caminhosrurais.com.br