A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, rejeitou, nesta quarta-feira (26), as tarifas alfandegárias de 25% anunciadas por seu contraparte americano, Donald Trump, para os países que comprarem petróleo da Venezuela.
Sheinbaum criticou as novas represálias que Trump anunciou na segunda-feira e que entrariam em vigor em 2 de abril, quando também vai apresentar tarifas recíprocas para vários países.
"Não estamos de acordo em que sejam adotadas sanções econômicas aos países, isto é um princípio da política externa mexicana", ressaltou a presidente mexicana durante sua habitual coletiva de imprensa matinal.
Ela disse que com estas medidas "não se afeta um governo ou uma pessoa, mas um povo inteiro", e lembrou que o México sempre se declarou contrário ao embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba.
Entre os maiores importadores de petróleo venezuelano estão a China, mas também a Índia, a Espanha e os próprios Estados Unidos.
A Venezuela enfrenta sanções americanas há vários anos, incluindo uma nova rodada adotada em janeiro, que aumentou a recompensa por informação que facilite a prisão do presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes.
Na segunda-feira, ao anunciar as tarifas, Trump acusou a Venezuela de enviar aos Estados Unidos "de forma deliberada e enganosa dezenas de milhares de delinquentes de alto perfil e de outro tipo".
Trump ameaçou com tarifas de 25% o México e o Canadá, seus parceiros no acordo de livre comércio T-MEC. O presidente americano acusa os dois países de não fazerem o suficiente contra a entrada de migrantes em situação irregular e de fentanil para os Estados Unidos.
No começo de março, o republicano concordou em adiar esta medida até 2 de abril, após conversar com Sheinbaum.
* AFP