O nome do uruguaio Abel Hernández como futuro atacante do Inter desperta uma expectativa boa. Trata-se de um jogador experiente, com nível internacional, Copa do Mundo no currículo e um número bem razoável de gols marcados. Com a dificuldade extrema que o mercado está impondo, seja pelo fechamento da janela de transferências, como pela falta de recursos do clube, a teoria aponta poucas alternativas tão boas quanto ele para a reposição para Paolo Guerrero.
Sem a pretensão de se estabelecer comparações com o peruano, Hernández ou qualquer outro a chegar, terá como obrigação a de fazer gols. Há, porém, duas perguntas que serão respondidas apenas quando o possível reforço uruguaio chegar e começar a jogar. Estas questões é que determinarão o acerto na busca. Ele precisará mostrar que não tem nenhum comprometimento físico, fruto de uma ruptura de tendão de Aquiles em 2017 e que o afastou dos campos por seis meses, algo que já havia acontecido anos antes por causa de uma ruptura de ligamentos cruzados do joelho direito.
O que se sabe é que após a última operação, sua constância nos jogos diminuiu, bem como as convocações para a Seleção do Uruguai, na qual já teve grandes atuações. O Inter precisará de um atacante capaz de participar da maioria dos jogos num calendário extremamente apertado. A atual inatividade não pode comprometer sequer uma utilização imediata.
A outra resposta positiva que precisa ser dada por Abel Hernández vindo jogar no Inter é sobre o posicionamento. Mesmo atacante e com números que o recomendam como goleador, não se trata do centroavante ortodoxo. Haverá a necessidade de adaptação, seja do jogador ou do time. Ele costumava se movimentar e até atuar pelos lados. Eduardo Coudet já tentou usar um atacante deste tipo no lugar de Guerrero. A experiência com William Pottker foi muito ruim.