A RBS TV exibe nesta segunda-feira (19) um filme que desconhece os limites da velocidade, do exagero e do absurdo: Velozes e Furiosos 9 (F9: The Fast Saga, 2021), é o cartaz da Tela Quente, a partir das 23h05min.
Embora não tenha ultrapassado a marca do US$ 1 bilhão nos últimos dois filmes — a parte 9 arrecadou US$ 726,2 milhões, e Velozes e Furiosos 10 (2023), um pouco menos, US$ 714,5 milhões —, a franquia de ação criada em 2001 é um tremendo sucesso de bilheteria. Já faturou US$ 7,4 bilhões.
O filme da Tela Quente foi dirigido por Justin Lin, o mesmo do terceiro, do quarto, do quinto e do sexto Velozes e Furiosos. Ou seja, ele foi o responsável pela transição de uma tetralogia ambientada no mundo das corridas ilegais de rua para uma saga que envolve traficantes de drogas, roubos milionários, espionagem, mercenários e assassinos profissionais, tudo temperado por problemas familiares e, claro, todo tipo de veículo motorizado.
Na trama, a equipe liderada por Dominic "Dom" Toretto (personagem de Vin Diesel) precisa combater um bilionário do Leste Europeu que quer se apossar de um dispositivo supertecnológico para controlar o arsenal planetário de destruição em massa. Embora estejamos no nono capítulo, o enredo não exige muito conhecimento prévio — aos recém-chegados, diálogos informam, por exemplo, que a ciberterrorista Cipher (Charlize Theron) matou a mãe do filho de Dom em Velozes e Furiosos 8. E o principal antagonista é um irmão do herói, Jakob (encarnado por John Cena, o Pacificador de O Esquadrão Suicida), que jamais havia sido mencionado nos oito títulos anteriores.
Gravitam em torno do protagonista uma série de coadjuvantes. Destaque para a duro na queda Letty Ortiz (Michelle Rodriguez, presente em sete filmes) e para a interação cômica entre o ex-criminoso Roman (Tyrese Gibson, também com sete presenças), o inteligente mecânico Tej Parker (o ator e rapper Chris "Ludacris" Bridges, outro visto em sete segmentos) e a hacker do bem Ramsey (Nathalie Emmanuel, a Missandei de Game of Thrones, na terceira de suas quatro participações na franquia).
Como acontece em outra bilionária franquia de ação mirabolante, Missão: Impossível, Velozes e Furiosos viaja o mundo. Já esteve no Rio de Janeiro e em Abu Dhabi, para citar alguns cartões-postais, e no filme 9 parte de Montecito, na Califórnia, para rodar por Edimburgo, Londres, Tóquio, Tbilisi (a capital da Geórgia, na Europa) e até o espaço sideral. Isso mesmo: se na vida real Elon Musk lançou, em 2018, um carro esportivo da Tesla para orbitar o Sol, por que na ficção a turma de Toretto não poderia fazer algo parecido?
Velozes e Furiosos 9 não tem pudor nenhum em forçar a mão nas sequências de ação, em desafiar a lógica e a ciência — o que é aquele momento "Carro-Aranha" nas montanhas? E esse abraço ao improvável e ao inverossímil também ajuda a explicar a fidelidade do público. Em tempos de incertezas, de guerras, de pandemias, de crises políticas e econômicas, as pessoas precisam de homens e mulheres incríveis, capazes de voltar da morte e de colocar um carro para viajar ao redor da Terra. Precisam de algumas horas de escapismo e de uma linha bem clara separando os mocinhos dos bandidos. Precisam das mensagens de união e reconciliação que os personagens transmitem — ainda que façam isso em altíssima velocidade ou aos socos e pontapés.