Foi um jantar de cinema para um grupo fora de série.
Na noite de sábado (25), aconteceu o segundo encontro presencial com participantes de um dos grupos de WhatsApp formados por leitores da coluna. Temos dois: o chamado Espelho é só para a publicação dos textos e das listas sobre filmes e séries. No outro, a interação é livre. O grupo de leitores já virou um grupo de amigos: no meio das dicas (incluindo livros, quadrinhos e músicas), dos rankings afetivos e das críticas ao Jared Leto, por exemplo, também já falamos um pouco sobre nossas famílias, nossos cães e gatos, nossos gostos culinários... Quando o assunto foge muito do foco, um de nós dá o alerta e fica tudo numa boa, segue o baile, porque, graças aos deuses do cinema, a cordialidade impera no bate-papo.
Em abril, durante o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, o Fantaspoa, já tínhamos promovido uma sessão de cinema no Cine Grand Café, para assistir a Soul of a Beast.
No sábado, o quórum mais do que dobrou. No salão de festas do edifício onde mora Eduardo Sfoggia Campoli — um baita agregador e um baita anfitrião —, eu me encontrei também com Francisco José Goyer Bornéo (que veio especialmente do Rio), Luciana Schardong, Marilise De Zotti, Marília Costa, Paula Favero Hofmeister, Ricardo Filippon, Rogeane Bertussi, Suelen Schardong, Suzana Reis Coelho, Tisiane Mordini de Siqueira e Vivian Spangler. A turma só não foi maior porque alguns dos confirmados tiveram imprevistos de última hora e porque alguns dos integrantes mais ativos do grupo vivem em cidades do Interior ou de outros Estados — como o José Leandro Schalanski, de Joinville (SC), que venceu o nosso bolão do Oscar.
O enredo da noite foi digno de um bom filme: diálogos animados, trilha sonora bacana, cenas de emoção (no "momento discurso", confesso que fiquei com os olhos marejados) e surpresas na trama. Essas surgiram de todos os lados.
De cara, a querida Laís Camargo, do time de engajamento de GZH, presenteou cada um dos convidados com um balde de pipoca personalizado. Mais tarde (tipo 1h de domingo!), o Eduardo apareceu com torta e docinhos temáticos preparados por Marcela Jung — a primeira trazia o slogan do encontro, Um Jantar de Cinema; os negrinhos e branquinhos estavam decorados com uma claquete, um tapete vermelho, uma estrela dourada à la Calçada da Fama de Hollywood, um rolo de filme e um pacote de pipoca.
Entre uma coisa e outra, o Eduardo e o chef Leonardo Allem, como bons diretores, souberam dosar as cenas de ação à frente do fogão com as sequências de humor ou de reflexão às mesas. Leonardo nos surpreendeu com três risotos divinos.
No primeiro ato, serviu risoto de abóbora cabotiá, castanha do Pará, gorgonzola e pangrattato (uma farofa italiana), acompanhado por um vazio uruguaio que podia, literalmente, ser cortado com colher. O segundo ato destacou um mix de cogumelos: shiitake, paris e castanho. O terceiro teve como astro um salmão — os coadjuvantes foram alho poró e aspargo.
No epílogo, o cozinheiro nos deliciou com uma travessa enorme de tiramisù. A típica sobremesa italiana também continha uma surpresa: um toque do limoncello produzido pelo próprio Leonardo a partir dos limões sicilianos que ele planta em sua casa (e que nos foi oferecido como aperitivo e digestivo). Repeti o prato, é claro. Aliás, todo o jantar foi como um filme que eu veria novamente já no dia seguinte!
P.S.: se você quiser participar, mande mensagem pelo WhatsApp para o número (51) 99667-4125. O grupo é exclusivo para assinantes!