Gostei tanto de Soul of a Beast (2021), que fui rever um dos destaques do 18º Fantaspoa nesta sexta-feira (22). O filme cresceu na tela grande e com o som alto do Cine Grand Café. Mas o melhor da sessão foi, pela primeira vez, reunir presencialmente leitores da coluna que fazem parte do meu grupo no WhatsApp.
Muitos não puderam ir por causa do horário ou porque não moram em Porto Alegre — aliás, fico contente de ver DDDs como 48, 55, 61 e 84 nas muitas mensagens trocadas diariamente. E o grupo de leitores já virou um grupo de amigos: no meio das dicas de filmes e séries (e também de livros, quadrinhos e músicas), dos rankings afetivos e das críticas ao Oscar, por exemplo, também já falamos um pouco sobre nossas famílias, nossos cães e gatos, nossas viagens, nossos gostos culinários... Quando o assunto foge muito do foco, um de nós dá o alerta e fica tudo numa boa, segue o baile, porque, graças aos deuses do cinema, a cordialidade impera no bate-papo.
Na foto acima, tirada pela querida Lais Camargo, do time de engajamento de GZH, estão cinco dos mais ativos participantes da turma: Eduardo Sfoggia Campoli, Mercedes Matte da Silva, Marilise Soares De Zotti, Paula Favero Hofmeister e Suelen Schardong, a Su.
Depois da sessão, fizemos uma versão ao vivo e falante da comunidade virtual. De frente ao chafariz do centro comercial Nova Olaria, ainda impactados pela intensidade de Soul of a Beast — que terá mais uma exibição no dia 29 —, conversamos sobre os simbolismos da história (na qual os elementos surreais contribuem tanto para sua beleza quanto para sua perturbação), sobre as escolhas estéticas do diretor suíço Lorenz Merz (como usar um tamanho de tela menor do que o habitual), sobre a trilha sonora (unanimamente elogiada)... E já fizemos planos: queremos tornar tradição as sessões de cinema que reúnem os participantes do grupo no WhatsApp.