Depois de uma década de silêncio, a vida voltará a pulsar numa escola pública que já foi referência na educação básica e na formação de professores. Terminou a reforma que parecia interminável no Instituto de Educação Flores da Cunha, o prédio em estilo neoclássico, com frente para a Avenida Osvaldo Aranha, dentro do Parque da Redenção. A entrega das obras, às 9h de segunda-feira (19), marca também o início do ano letivo de 2024.
Serão 1.014 alunos nos turnos da manhã, tarde e noite, mas essas e a de seus professores não serão as únicas vidas a pulsar no interior do prédio inaugurado em 1937. Dos cerca de 12 mil metros quadrados de área total, 2 mil serão destinados ao Museu da Escola do Amanhã. Outros 2 mil metros serão divididos entre o Centro de Formação de Professores e o Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias.
A secretária de Educação, Raquel Teixeira, espera que o IE volte a ser a escola de referência que foi muito antes de sua chegada ao Estado, mas com um olhar de futuro. Por isso, a valorização da tecnologia e de metodologias contemporâneas.
No seu auge, o IE era a escola mais disputada do Rio Grande do Sul. Tão disputada que as vagas era preenchidas por sorteio. Pública, a escola dedicou-se por muitos anos à formação de professores.
Chamavam-se normalistas as moças que ali aprendiam a ensinar, usando as mais modernas técnicas pedagógicas. Os tempos mudaram e o Instituto de Educação entrou numa espiral descendente, com a degradação do prédio histórico, até o fechamento para uma reforma que se revelou mais complexa do que o imaginado e foi iniciada e interrompida mais de uma vez por falta de recursos. Retomada em 2021, a restauração consumiu R$ 23,4 milhões.