Os cerca de 1700 alunos do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, se preparam para deixar a escola no fim do ano letivo. Uma das instituições mais antigas do Rio Grande do Sul será restaurada e modernizada a partir do ano que vem. Pelo projeto, as estruturas construídas no século XX dividirão espaço com áreas tecnológicas e acessíveis para pessoas com deficiência. Realidade bem diferente da vivida hoje pelos alunos.
O prédio hitórico tem salas e departamentos fechados por risco de desabamento, como o ginásio de esportes, uma sala de aula e o auditório. A biblioteca funciona porque os alunos fizeram um mutirão e retiraram os livros e estantes para um local onde não há goteiras. Quando a chuva é forte, a sala fica inundada,conta uma das bibliotecárias, que prefere não ter o nome divulgado. Para utilizar a biblioteca, os alunos precisam contar com a luz do sol, pois o sistema elétrico está estragado e as lâmpadas não funcionam.
Para que o prédio todo passe por reforma, os alunos vão ter aulas em 2016 e parte de 2017 na Escola Estadual Felipe de Oliveira e na estrutura onde funcionava a Escola Estadual Roque Callage. A diretora Leda Larratéa, que trabalha na instituição como professora há quase 20 anos e como diretora há três, destaca que a reforma é um sonho realizado. Em todo este tempo de instituição, a diretora disse que nunca viu uma reforma significativa no prédio.
O contrato que prevê investimento de R$ 22,5 milhões será assinado nesta sexta-feira (20), no Palácio Piratini. De acordo com o secretário da Educação, Vieira da Cunha, o prédio será climatizado e sustentável. A obra deve durar 18 meses e iniciar logo após o término do ano letivo.