Às vésperas de enviar ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária de 2025, o governo Lula detalhou a promessa de corte de R$ 25,9 bilhões feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Haddad lançou o número, como uma boia, no início de julho, depois que o dólar havia quebrado quatro barreiras psicológicas em menos de 30 dias.
Como o ministro havia indicado, os cortes se concentram no pente-fino em pagamentos do INSS e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), despesas obrigatórias que tiveram saltos nos últimos anos.
Entre o anúncio do corte para 2025 e seu detalhamento, ainda houve a contenção de R$ 15,6 bilhões ainda neste ano. Então, agora já é possível confirmar que o ajuste fiscal levado a cabo pelo atual governo não é apenas baseado em aumento de arrecadação.
Mesmo assim, ainda não parece estar configurada a "agenda mais ambiciosa" que especialistas em finanças públicas consideram necessária. Nem supre a falta de perspectiva de redução do endividamento, um dos motivos que vêm pressionado o câmbio.
— Não estamos acabando com um programa como um todo, mas, dentro dos programas existentes, estamos fazendo esforço para revisar cada um dos itens para que, de fato, a gente economize R$ 25,9 bilhões no ano que vem — disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan.
Onde haverá cortes
- Pagamentos do INSS | R$ 10,5 bilhões
- Benefício de Prestação Continuada (BPC) | R$ 6,4 bilhões
- Proagro | 3,7 bilhões
- Bolsa Família | R$ 2,3 bilhões
- Gastos com pessoal | R$ 2 bilhões
- Seguro Defeso | R$ 1,1 bilhão