A segunda-feira é um dia de comemoração para a educação no Rio Grande do Sul. Mas o sorriso de alegria também é amarelo. Afinal, foram quase 10 anos de obras para reformar o prédio do Instituto de Educação (IE).
Apesar da reabertura das portas, a restauração ainda não terminou. As áreas do centro de formação de professores e o Museu Escola do Amanhã seguirão isoladas por tapumes. Localizadas no térreo, à direita de quem olha o prédio pela Avenida Osvaldo Aranha, elas não ficaram prontas a tempo da inauguração. A previsão é concluir os trabalhos até o fim de 2024.
O calçamento de pedras portuguesas, na entrada do IE, também carece de um novo reparo. Pedras soltas e faltantes demonstram que o trabalho executado ali foi executado há mais tempo.
10 anos
Em 2012, o governo do Estado pede R$ 22,5 milhões em empréstimo ao Banco Mundial. Em 2014, o projeto de reforma é apresentado.
Em janeiro de 2016, a ordem de início das obras é dada, mas a restauração só se inicia em agosto. O ginásio, que já estava interditado, é o primeiro local a ter obras. A placa instalada informa a data de término dos trabalhos: julho de 2017.
Em agosto de 2017, quando a obra deveria ser entregue, o governo rompe o contrato com a empresa executora por demora na execução dos trabalhos.
Em fevereiro de 2018, por causa dos atrasos na reforma, o governo perde os recursos do empréstimo. Desde então, passa-se a usar dinheiro diretamente do Tesouro do Estado na obra.
Em abril de 2018, uma nova contratação é feita. Seis meses depois, a empresa selecionada passa a atuar na restauração.
Em setembro de 2019, ela anuncia paralisação para por falta de pagamento. Os trabalhos só seriam retomados em 2022, também com anúncios posteriores de atrasos.
A data de reabertura do Instituto de Educação deve ser comemorada, mas é preciso olhar para trás e analisar todos os erros cometidos. É obrigação do Estado que isso não mais se repita.