A situação de abandono do estádio Olímpico vai tomar conta dos debates na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Uma audiência pública irá tratar do projeto que determina um prazo de um ano para o início do processo de demolição da antiga casa do Grêmio.
A matéria foi protocolada pela prefeitura em setembro. Se for aprovada, as empresas terão doze meses para realizar a limpeza do terreno.
Caso isso não ocorra, a área perderá, pela metade, a valorização que recebeu em 2009. Também poderá haver a desapropriação do estádio.
O encontro que discutirá a revogação do regime urbanístico - que permite limite de altura de 72 metros para prédios - será realizado às 19h de 29 de novembro. O evento ocorrerá de forma virtual.
Enquanto isso, o Grêmio articula uma solução para o problema com as empresas Karagounis e OAS 26. O foco principal é fazer a troca de chaves entre as partes.
Hoje, o Grêmio é o responsável pelo Olímpico. Já as duas empresas são as proprietárias do terreno da Arena.
No acordo que foi articulado entre as partes, o clube gaúcho passa a ser o dono da área do bairro Farrapos. Karagounis e OAS 26 ficarão com o Olímpico.
Com relação à gestão da Arena, esse trabalho seguirá sendo executado pela atual administradora - a Arena Porto Alegrense. O Grêmio até tentou antecipar o controle do estádio, porém, não houve avanços na negociação
Discussão na Justiça
No Rio Grande do Sul, o processo na Justiça que acompanha o acordo entre as partes, que estava parado desde o começo do ano, voltou a ter acompanhamento de um magistrado. A troca de juiz foi citada como uma das razões pela demora na retomada das negociações.
Além disso, os bancos financiadores da construção da Arena também se movimentaram. A petição que tramita na 37ª Vara Cível de São Paulo é assinada pelo Banrisul, Banco do Brasil e Santander. As três instituições financeiras cobram R$ 226,39 milhões por terem liberado recursos para a construção.
Dos R$ 210 milhões financiados para a construtora OAS, R$ 66 milhões foram pagos. A última parcela foi repassada em 2014.