Mais uma vez, venceu o vandalismo. O Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre, foi o palco.
Dentro da área verde, há um espaço chamado de Jardim das Esculturas. Em março, a Fundação Bienal do Mercosul investiu na recuperação das obras de arte que estavam deterioradas pelo clima ou por atos de pichadores.
Seis meses depois, as estruturas já estão riscadas. Uma delas é a obra Cubocor, de Aluísio Carvão - uma grande caixa vermelha. Um caranguejo foi pichado nela.
Aliás, este mesmo crustáceo também foi pintado no Parque da Redenção, no aeromóvel do Gasômetro e na parte debaixo da ponte do Guaíba, na Avenida Sertório. Sobre o aparecimento repentino dessa imagem pela cidade, o comandante da Guarda Municipal, Marcelo Nascimento, informa que ainda não houve denúncias, mas que irá averiguar esse padrão.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus) confirma que se trata de ato de vandalismo. Procurada, a Fundação Bienal do Mercosul informa que não há previsão de uma nova ação para recuperá-las. Mas será avaliado o estado em que se encontram.
Lei antivandalismo
Porto Alegre tem uma lei antivandalismo, sancionada em 2018, que aumentou o valor das multas para pichadores. Porém, até 2021, nenhum dos 30 pichadores flagrados pagaram a multa estipulada.
Na nova legislação, também foi definido que se o montante não for pago, o infrator terá seu nome inscrito na dívida ativa com o município. Também poderá haver protesto extrajudicial do valor e inscrição nos serviços de proteção ao crédito. O infrator também será demandado pelo ressarcimento dos danos causados.