Quando financiaram recursos para a construção da Arena do Grêmio, os três bancos envolvidos na negociação - Banrisul, Banco do Brasil e Santander - estipularam que receberiam os valores em 100 parcelas.
A primeira seria paga em setembro de 2013. A quitação ocorreria em dezembro de 2021.
Dos R$ 210 milhões financiados para a construtora OAS, R$ 66 milhões foram pagos. A última parcela foi repassada em 2014.
Depois de muito tempo de espera, as instituições bancárias decidiram ingressar na Justiça cobrando R$ 226,39 milhões entre valores devidos e multa por atraso.
No contrato estipulado, a Arena foi dada como garantia caso os pagamentos não fossem realizados. Dessa forma, os bancos poderiam optar por entrar com uma execução extrajudicial, sem necessitar de um juiz, para definir a realização de leilão.
Porém, as instituições decidiram por questionar o débito nos tribunais. Nas ações que tramitam há linha de defesa presente nos autos que diz que, dessa forma, os bancos abriram mão de leiloar a Arena.
A medida que entraram com a execução judicial, o processo segue seu trâmite normal. Os valores devidos serão buscados através dos bens dos devedores, caso a construtora não quite o que deve.
Além disso, há também o questionamento que o montante relativo ao terreno da Arena e ao direito de superfície já estão quitados, sobrando aos bancos cobrarem o restante devido nas ações que a Arena Porto Alegrense tem parte. O Grêmio repassa mensalmente em torno de R$ 1,8 milhão referente ao espaço reservado aos sócios no estádio.
Essa ação na Justiça não deverá trazer consequências a curto e médio prazo. A dívida foi paga em parte. A construtora Metha - novo nome da OAS - também questiona possível abusividade de taxas e juros.