Um novo capítulo na Justiça foi agregado à polêmica situação envolvendo a Arena do Grêmio. Desde junho, uma ação de execução tramita na 37ª Vara Cível de São Paulo.
A petição é assinada pelo Banrisul, Banco do Brasil e Santander. As três instituições financeiras cobram R$ 226,39 milhões por terem financiado a construção de parte do estádio.
A juíza Adriana Cardoso dos Reis determinou que a Arena Porto Alegrense pague os valores devidos. Caso não seja realizada a quitação, de imediato, o oficial de justiça procederá à penhora e à avaliação dos bens, intimando na oportunidade o devedor.
Ela deu prazo de três dias. Porém, ainda não houve execução, pois a empresa recorreu da decisão. As empresas Karagounis e OAS 26 foram incluídas no processo.
"As executadas Karagounis Participações S.A. e OAS 26 Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda. foram incluídas no polo passivo da execução na qualidade de responsáveis titulares de bens vinculados por garantia real ao pagamento do débito. Assim, a sua citação não será para o pagamento, e sim, para ciência da execução", diz o documento da juíza Adriana Cardoso dos Reis.
Procuradas, a Metha - novo nome da OAS - e a Arena Porto Alegrense ainda não se manifestaram.
O que a coluna apurou até agora é que, de imediato, essa ação não deverá trazer consequências a curto prazo. A dívida está sendo paga em parte. Os bancos resolveram entrar com essa execução. A construtora também questiona possível abusividade de taxas e juros.
A justiça gaúcha também está pedindo esclarecimentos. O alvo, no caso, são as obras do entorno da Arena.
Enquanto isso, a situação do estádio Olímpico permanece indefinida. Prefeitura deu prazo de um ano para que as obras na região sejam iniciadas.