Dois meses e meio após o começo das obras no Quadrilátero Central, a prefeitura de Porto Alegre fez alguns ajustes no contrato. Um termo aditivo foi assinado com o consórcio formado pelas empresas RGS, AGR e Elmo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), houve um aumento de R$ 1,94 milhão. Houve um pequeno ajuste no canteiro de obras. Em vez de usar tapumes de madeira para cercá-lo foi usado um material mais duradouro, de concreto, que poderá ser reaproveitado até depois da obra. Banheiros em contêiner para os trabalhadores também foram acrescentados.
Por outro lado, houve um corte de R$ 1,55 milhão. Na assinatura de contrato, só estava previsto que as obras seriam realizadas em período noturno. Mas, com o isolamento dos pontos de restauração, a prefeitura distribuiu a quantidade de horas trabalhadas inclusive para o dia. Com menos horas trabalhadas à noite, os encargos sociais diminuíram, a ponto da prefeitura conseguir amenizar a elevação.
Dessa forma, entre acréscimos e cortes, a obra está R$ 389,2 mil mais cara. A revitalização também passou de 18 para 21 meses de execução. As reformas envolvem área de 30 mil metros quadrados e preveem alargamento de calçadas, troca de pavimento, instalação de bancos, nova iluminação e câmeras de vigilância.
- Fazer uma obra desse tamanho, em espaço com tanta circulação, e histórico, é um desafio bárbaro. No geral, a avaliação é muito positiva. Na Otávio Rocha encontramos alguns problemas inesperados, o que acabou atrasando um pouco. Na Voluntários estamos adiantados. Noto que as pessoas estão querendo ver resultado, até com alguma ansiedade, o que é muito natural, mas nos espaços de diálogo, temos colhido um resultado muito positivo - avalia o secretário André Flores.
Sobre a Avenida Otávio Rocha, a obra encontrou dificuldades em relação às raízes de árvores, as redes de gás, luz e telefonia. O período chuvoso também dificultou a colocação do paralelepípedo. A ideia de concluir essa primeira etapa em 90 dias deverá ser ultrapassada em uns 15 dias.
Como forma de organização para os lojistas, a Smoi escalonou as ruas que receberão intervenções. Serão dez etapas. A última delas prevista para ser concluída em outubro de 2023, pela Rua Uruguai e pela Rua dos Andradas.
A ordem de serviço para o início da reforma foi assinada pelo prefeito Sebastião Melo em 28 de abril, mas o começo das intervenções foi adiado para depois do Dia das Mães por solicitação de comerciantes locais. O canteiro central da obra começou a ser montado em 9 de maio na Avenida Borges de Medeiros - entre as ruas José Montaury e dos Andradas.