O Batalhão Ferroviário de Lages, do Comando Militar do Sul (CMS), está completando dois anos de atuação na duplicação da BR-116. Dos 211 quilômetros de obras, o Exército é responsável por 50.
Duas entregas de trechos duplicados já ocorreram neste período. A primeira, em abril de 2020, permitiu a liberação de 5 quilômetros. Em dezembro, outros 10,5 quilômetros.
Restam ainda 35 quilômetros para serem finalizados. Pela projeção do CMS, eles deverão ser concluídos no primeiro semestre de 2022.
Atualmente, os trabalhos de competência das Forças Armadas estão ocorrendo em pelo menos seis frentes: nos quilômetros 303, 311, 323, 327, 336, e entre os quilômetros 347 e 350. Aproximadamente 300 militares atuam diariamente nas obras.
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
Dos 211,2 quilômetros em obras, os usuários da rodovia já usufruem de 121,9 quilômetros de pistas duplicadas. Isso representa 57,7% do trecho com pista dupla pronta.
A expectativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é concluir os 89,3 quilômetros da rodovia que seguem em obras até o final deste ano. Porém, o Exército, que é responsável pelos lotes 1 e 2, já informou que os 35 quilômetros onde atua só serão totalmente concluídos no primeiro semestre de 2022.
Os contratos da duplicação foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a obra já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto. As obras entre Guaíba e Pelotas começaram em 2012 e deveriam durar dois anos.
Em agosto de 2020, o comandante Militar do Sul, general Valério Stumpf, ofereceu os militares do CMS para desenvolver mais obras ao Dnit no Rio Grande do Sul. Porém, a autarquia ainda não respondeu ao questionamento.