No que depender das Forças Armadas, o Exército deverá ampliar suas ações na duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (13), o comandante Militar do Sul, general Valério Stumpf, destacou que as tratativas com o governo federal já foram iniciadas.
Atualmente, o Batalhão Ferroviário de Lages é o responsável pelas obras em dois dos nove lotes. Pelo cronograma, os trabalhos devem ser finalizados no primeiro semestre de 2022. Depois desta data, o general destaca que o batalhão terá condições de executar uma nova frente de trabalho.
- A gente, concluindo a obra no primeiro semestre de 22, tem condições, e até gostaria, de dar continuidade (às obras). O nosso pessoal já está adestrado, nosso pessoal, está aqui, nosso maquinário também, e ficaria muito fácil dar continuidade ao trabalho. Estive conversando com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na semana passada. Temos essa possibilidade de pegar outro trecho na 116 - informou o general.
O que pode ser um impeditivo é o prazo dado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a conclusão total da obra. O governo federal vem divulgando que pretende finalizar a obra até dezembro do ano que vem.
Em fevereiro de 2020, o Exército informou que não assumiria novos trechos. Estudos chegaram a ser realizados a pedido do Dnit, mas foram encerrados por falta de acordo. Em novembro de 2019, a autarquia consultou o Comando Militar do Sul para saber da possibilidade do lote três ser assumido pelo 1° Batalhão Ferroviário.
O trecho de 21,88 quilômetros, entre o quilômetros 351,34 e 373,22, em Camaquã, pertencia à construtora Ivaí, mas o governo já publicou uma licitação para contratar uma nova empresa, que irá concluir a obra.
Enquanto não houver definição sobre novos trechos, o Exército segue na execução dos lotes um e dois. Os trabalhos iniciaram em janeiro de 2019. Mais dez quilômetros devem ser entregues entre novembro e dezembro, segundo o general. Também deverá ficar pronto o viaduto de Barra do Ribeiro.
Em abril, os primeiros cinco quilômetros do trecho foram liberados para uso. Atualmente, 280 homens trabalham na região.