Mal entregou seu primeiro trecho de obra referente à duplicação da BR-116, o Exército já planeja sua próxima entrega. E será em breve.
O Batalhão Ferroviário iniciou nesta semana a aplicação da segunda camada de asfalto em um trecho de 10 quilômetros na região de Barra do Ribeiro. Os esforços estão concentrados nesta região.
Pela previsão, a ideia é liberar este trecho de pista duplicada em outubro, um ano e oito meses depois da retomada dos trabalhos no local. Para cumprir o prazo, o grupamento iniciou a aplicação de 700 toneladas por dia de asfalto usando duas pavimentadoras. Este tipo de serviço elimina emendas e dá maior qualidade à pista.
Há um mês, o Exército entregou 5 quilômetros também em Barra do Ribeiro. Faltarão ainda 35 quilômetros. Contratualmente, o término dos trabalhos nos lotes um e dois, entre Guaíba e Tapes, é previsto para fevereiro de 2022.
A duplicação BR-116 já conta com 74 quilômetros de pista duplicada entregues para uso entre Guaíba e Pelotas. Os trechos finalizados correspondem a 35% de todo o traçado, que contempla 211 quilômetros.
Exército na BR-116
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
O Dnit até procurou o Comando Militar do Sul para que outros trechos da duplicação pudessem ser assumidos pelas Forças Armadas. Porém, os estudos foram encerrados e não foi possível evoluir em uma nova parceria.
Em novembro do ano passado, a autarquia consultou o Comando Militar do Sul para saber da possibilidade do lote três ser assumido pelo 1° Batalhão Ferroviário. O trecho de 21,88 quilômetros, entre o quilômetros 351,34 e 373,22, em Camaquã, pertence à construtora Ivaí. Um estudo de viabilidade chegou a ser iniciado para verificar a possibilidade do Exército assumir as obras.
Oito anos de obras
A duplicação de 211 quilômetros da rodovia começou em 2012 e deveria durar dois anos. Pela previsão atual do governo, a obra deve ser finalizada até dezembro de 2021.
Os contratos da obra foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a duplicação já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto.