Os usuários da BR-116 já pode trafegar em mais um trecho da duplicação a partir desta quarta-feira (29). A liberação ocorreu às 8h na parte da obra que está sob competência do Exército. O general Geraldo Antônio Miotto e o futuro comandante militar do sul, general Valério Stump, fizeram a inspeção do local antes da liberação.
São cinco quilômetros, na região de Barra do Ribeiro, que já têm a passagem de veículos. As obras foram concluídas no domingo (26). A pista também foi sinalizada.
O trecho corresponde a 10% de todo o traçado que está recebendo obras do 1° Batalhão Ferroviário desde janeiro de 2019. Os demais 45 quilômetros serão entregues de acordo com a evolução do trabalho e não estão descartadas novas liberações ao longo de 2020. Contratualmente, o término dos trabalhos nos lotes um e dois, entre Guaíba e Tapes, é previsto para fevereiro de 2022.
Com a liberação desta quarta-feira, a BR-116 já conta com 74 quilômetros de pista duplicada entregues para uso. Os trechos entregues correspondem a 35% de todo o traçado, que contempla 211 quilômetros.
Exército na BR-116
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
O Dnit até procurou o Comando Militar do Sul para que outros trechos da duplicação pudessem ser assumidos pelas Forças Armadas. Porém, os estudos foram encerrados e não foi possível evoluir em uma nova parceria.
Em novembro do ano passado, a autarquia consultou o Comando Militar do Sul para saber da possibilidade do lote três ser assumido pelo 1° Batalhão Ferroviário. O trecho de 21,88 quilômetros, entre o quilômetros 351,34 e 373,22, em Camaquã, pertence à construtora Ivaí. Um estudo de viabilidade chegou a ser iniciado para verificar a possibilidade do Exército assumir as obras.
Oito anos de obras
A duplicação de 211 quilômetros da rodovia começou em 2012 e deveria durar dois anos. Pela previsão atual do governo, a obra deve ser finalizada até dezembro de 2021.
Os contratos da obra foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a duplicação já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto.