Preso em Bombinhas na segunda-feira (22), Anderson Boneti, sócio de Nego Di, estava escondido em um hotel na cidade do litoral de Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil, ele estava sozinho e usava carro alugado para não chamar atenção. No entanto, usava seu nome verdadeiro.
— Estava sozinho, levando uma vida tranquila, mas escondido. Evitava sair na rua, ter circulação pública — disse o chefe de polícia, delegado Fernando Sodré.
Boneti era considerado foragido. A suspeita de polícia e de que ele estaria circulando por cidades catarinenses na intenção de fugir. Até o momento, não se sabe há quanto tempo ele estava em Bombinhas.
Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi preso no último dia 14, em Jurerê Internacional, também em Santa Catarina. Ele e Bonetti são investigados por estelionato, pela venda de eletrodomésticos e eletrônicos por meio do site Tá Di Zueira. Centenas de clientes procuraram as autoridades para relataram que compraram produtos nesta página e não os receberam. A polícia também obteve a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. O prejuízo aos consumidores seria superior a R$ 5 milhões.
A investigação apurou que Anderson Boneti era o mentor do estelionato.
— Era quem tinha o conhecimento, a expertise da parte digital. Dilson era o front man, a parte que aparecia e chamava as pessoas para fazerem compras no site — afirmou Sodré.
A decisão da juíza Patrícia Pereira Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, de decretar as prisões preventivas dos dois se deu porque, segundo o Ministério Público, eles teriam seguido “na prática criminosa” e também porque, no entendimento da magistrada,demonstravam ter recursos que possibilitariam uma fuga.
Boneti chegou ao Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira e está na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Canoas. Ainda nesta manhã, deve ser encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional, onde passará por audiência de custódia.
Ainda não foi divulgado quem ficará responsável pela defesa do investigado.